As negociações pela venda dos direitos de transmissão da Série B 2023 enfim foram concluídas. O Sport e os demais 19 clubes que disputam a da Segundona nesta temporada acertaram com a empresa Brax Sports Assets para televisionamento dos jogos do torneio.
Em contato exclusivo com a reportagem do Jornal do Commercio, o presidente Yuri Romão abriu o jogo sobre o fim do imbróglio e o acordo pela venda dos direitos televisivos.
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"Eu não participei da reunião, mas fomos representados pelo nosso Vice-presidente de Competições, Augusto Carreras. O que posso adiantar é que chegou-se a um denominador comum em relação ao contrato, que será de quatro anos".
"O grande problema estava nessa questão da durabilidade, tendo em vista que, quem faz parte da Liga Forte de Futebol (LFF), a partir de 2025, os direitos de transmissão vão ficar para essa empresa, desse fundo que estamos negociando. Mas chegou-se a um acordo em que os clubes da Série B que ainda estiverem na Segunda Divisão em 2025 podem seguir com o contrato feito junto com a CBF por mais dois anos", detalhou o presidente.
Mais da metade dos clubes presentes na Série B 2023 fazem parte da LFF. Ao todo, são 12 com o Sport: ABC, Atlético-GO, Avaí, Ceará, Chapecoense, CRB, Criciúma, Juventude, Londrina, Vila Nova e Tombense.
Outros sete clubes estão com a Liga do Futebol Brasileiro (Libra): Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Vitória. O Botafogo-SP é o único que não aderiu a nenhuma das duas.
"A questão não de agradar, sendo bem sincero. Foi a melhor proposta que estava na mesa nesse momento. A gente vai receber praticamente o mesmo valor, no máximo uma diferença de 5% em relação ao ano passado. Então, você fazer um futebol de alto nível com uma cota em torno de R$ 8 milhões é difícil. Mas é o que tem para hoje".
Em comunicado feito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o valor das cotas foram divulgados em R$ 10 milhões para cada clube. Romão, no entanto, reiterou que o Sport só terá direito a cerca de R$ 8 milhões.
"A conta da CBF está equivocada. Você tem que tirar custo de produção. Aqueles caminhões que você vê ali no estádio para viabilizar a transmissão, são pagos. Essa conta não está certa, tem questão de logística e muita coisa para ser descontada", pontuou.
O presidente citou a representatividade do valor para os gastos que o clube tem com o futebol, sem diminuir a importância da cota.
"Ano passado tínhamos uma cota em torno de R$ 7,5 milhões, e agora será algo próximo de R$ 8 milhões. Isso para você dividir por cerca de 9 meses de campeonato. Nós estamos falando de pouco mais de R$ 700 mil por mês. Com uma folha salarial como uma nossa, é difícil. Mas é importante. Não estou aqui cuspindo no prato, não. É um valor que ajuda e muito o clube, e a gente estava precisando desse dinheiro", destacou Yuri.