Vice-presidente do Náutico ressalta momento desafiador diante da pandemia do novo coronavírus

Para Diógenes Braga, é um momento onde os clubes que priorizam o planejamento vão sofrer menos
Lucas Holanda
Publicado em 01/04/2020 às 13:19
Vice-presidente do Náutico (D) confirmou débito no direito de imagem do elenco Foto: Fernando Castro/JC


Em meio à pandemia do novo coronavírus que afetou o mundo inteiro, ainda não se sabe quando a bola vai voltar a rolar normalmente. E por conta da paralisação, naturalmente as receitas dos clubes caem bastante. Em entrevista à Rádio Jornal, o vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, destacou que é um momento inédito e de muitos desafios. Ainda de acordo com o dirigente, quem fizer as coisas com planejamento vai sair muito à frente dos demais clubes.

"Eu vejo que o que está acontecendo agora vai distanciar muito clubes que se planejaram, que sabem o que estão fazendo, fazendo as coisas planejadas, de clubes que estão tocando, aquela história, vou ver como é que está para ver como é que fica, que no futebol acontece muito, de montar um elenco para ver se encaixa. Eu acho que neste momento, quem estiver fazendo as coisas sem um norte, sem uma forma clara do que está vendo, do que quer, vai ficar bem mais difícil. Quem faz as coisas mais pensadas, mais planejadas, fica difícil claro, mas você passa a ter um pouco mais de margem de manobra para driblar os problemas", disse o dirigente alvirrubro.

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MOMENTO INÉDITO

De acordo com Diógenes, o momento atual é desafiador em todos os aspectos. Não somente em relação a manter os salários dos atletas em dia, mas também com relação a projeções de reforços. "Esse é um momento muito claro de desafios em todos os aspectos. Questão de elenco, pagamento de compromissos, prospecção de contratações, então é um momento muito diferente. O futebol brasileiro nunca passou por isso, então é um momento de pés no chão, você ser muito cerebral e vislumbrar o que está fazendo. Inclusive levando em conta que não tem um cenário certo pela frente, não tem um cenário de quais campeonatos vamos jogar, quando vamos voltar e qual modelo de campeonato vamos jogar, porque se a gente tiver uma diminuição drástica de datas pode mexer até na fórmula de disputa do campeonato brasileiro, que eu espero que não mexa", explicou.

"A gente começa a ter receio de se prorrogar muito a volta e aí a gente tem uma quantidade pequena de datas e se tiver que mexer no modelo de disputa, é bem complexo isso, porque quando você muda um elenco, não se monta só para ter um time e jogar bem, se monta para jogar competições de uma determinada fórmula de disputa e quando as coisas começam a correr o risco de modificar, aí é quando tem que ter uma margem de manobra para minimizar isso, é um cenário bem desafiador", finaliza o dirigente.

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