Em meio à pandemia do novo coronavírus, reuniões vão acontecendo para definir o futuro dos clubes - principalmente no aspecto financeiro. Uma das discussões mais importantes do momento é sobre a venda dos direitos internacionais de transmissão do Campeonato Brasileiro. O montante total é de 40 milhões de dólares, equivalente a R$ 209 milhões. Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o presidente do Náutico, Edno Melo, destacou que a divisão atual desse valor não foi aceita pelos clubes da Série B. No momento, os clubes da primeira divisão ficariam com 75%, enquanto os clubes da segunda com 20% e os da Série C com 5%.
"A proposta dos clubes da Série B não foi essa. A proposta era 70% para os clubes da Série A, 25% para os clubes da B e 5% para os clubes da Série C. A gente está discutindo ainda. Eles só podem bater o martelo quando os clubes da Série B assinarem. Ano que vem, vamos ter quatro clubes da B na A. Então não está fechado completamente. Após tantas reuniões por vídeo, ficou decidido que a gente vai entregar uma carta à CBF com o posicionamento dos clubes da Série B. Um deles é com esse percentual que eu falei. Existe um plus em que a televisão vai pagar aos clubes da Série B no fim do ano. E a gente está pedindo que antecipe esse plus. E têm mais pedidos que eu não posso revelar antes de enviar a carta. E só para reforçar, essa proposta não foi vendida. A gente faz essas divisões para que os percentuais sejam esses quando forem vendidos", explicou o presidente alvirrubro.
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Durante a entrevista, Edno Melo também chegou a falar que os clubes da Série A são muito vaidosos e ficam numa disputa pelo poder, enquanto as equipes da Série B conseguem separar as situações e se unirem em busca de um maior. De acordo com o presidente alvirrubro, as reuniões não evoluem quando envolvem os times das duas divisões.
"O que eu vejo nessas reuniões em que eu participo, é que a união dos clubes da Série B está bem coesa e consistente. Mas não vejo isso nos clubes da Série A. É muita vaidade e disputa de poder. Um querendo mostrar que é maior que o outro. Eu vejo que as reuniões não evoluem muito quando envolvem os clubes da Série A com os clubes da Série B. Não só o Athléico Paranaense, mas o Flamengo também não participou do acordo. Todos aqueles que propuseram colocar mais dez dias de férias para o seu elenco, o Flamengo disse que não iria colocar. Por mais que você seja contra uma opinião, mas se você perceber que é para um bem comum, a gente da Série B consegue dividir essas situações. Na Série A você não consegue isso. E aí acaba sem resolver o problema", finalizou Edno Melo.