A situação financeira do Náutico vai ficando cada vez mais complicada conforme a pandemia do novo coronavírus vai se prolongando. Desta vez, o valor depositado pela emissora detentora dos direitos de transmissão da Série B foi menor do que o previsto. Anteriormente, os clubes haviam sido comunicados que o corte seria de 30% nos meses de abril, maio e junho. De R$ 600 mil, total bruto original da parcela, iria para R$ 420 mil mensais neste período. Porém, segundo apuração da reportagem da Rádio Jornal e Jornal do Commercio, o montante que entrou foi próximo dos R$ 300 mil. Ou seja, uma redução de quase 50%.
Um baque no planejamento alvirrubro. A direção já havia planejado os reajustes salariais e de outras despesas baseando-se no que estava pré-estabelecido. Agora, será preciso repensar e alterar algumas questões para que consiga se manter dentro de um patamar possível de ser arcado.
"É muito complicado. A gente já tem um orçamento muito curto, limitado em todos os sentidos, e ainda mais quando você faz um orçamento contando com esse dinheiro, existe um corte, e além dele existe um outro corte. Então a situação do clube fica muito difícil. Mas a gente vai trabalhar, conversar com o elenco, com os funcionários e ver a melhor maneira de equacionar essa redução da verba", explicou o presidente do Náutico, Edno Melo.
Apesar disso, o que é esperado pelas equipes da Segunda Divisão é que os valores sejam redistribuídos nos meses seguintes em que o futebol for retomado no país e a competição inicie. Ainda não há algum sinal de que o montante de R$ 6 milhões, recebidos em dez parcelas, será reduzido. Por enquanto, permanece o mesmo, com mudanças apenas no pagamento inicial.