Se as contas atuais do Náutico estão equilibradas, o mesmo não pode ser dito sobre o passado do clube. Isso porque a diretoria alvirrubra tem convivido com uma rotina de problemas judiciais de anos anteriores para resolver. E, nesta semana, o departamento jurídico timbu vai tentar evitar mais um leilão envolvendo um imóvel do clube para o pagamento de uma ação trabalhista de um ex-funcionário.
A juíza Marília Gabriela Mendes Leite de Andrade, da 4ª Vara do Trabalho do Recife, autorizou que o prédio de número 1086, na Avenida Rosa e Silva, ou seja, todo o terreno do Clube Náutico Capibaribe, vá a leilão no próximo dia 13 de julho, às 9h, apenas na modalidade online. A alienação do imóvel, por arrematação pública, será para o pagamento de uma ação trabalhista de Edílson Lourenço da Silva, que trabalhou como porteiro do Náutico nos anos de 2004 a 2016. O valor da execução da ação é de R$ 60.641,81.
De acordo com sentença judicial, o terreno alvirrubro está avaliado em R$ 100 milhões, e é composto das seguintes edificações: parte frontal de forma retangular e fachada irregular, composto de três pavimentos, sendo um térreo e dois superiores, contendo no térreo: terraços de formato irregular, localizados entre o portão principal, um hall com escadaria de acesso aos demais pavimentos, duas salas, dois camarins, duas unidades destinadas a recepções; no primeiro pavimento: duas salas com hall intermediário, duas varandas na parte de frente; no segundo pavimento: uma sala de reuniões e duas varandas; um salão de danças localizado na parte posterior a parte frontal, com três pavimentos servidos por elevador, contendo no térreo: pista de danças, um palco e dois pavimentos superiores com sessenta e oito camarotes; uma lanchonete e um bar; um prédio de alvenaria com dois pavimentos sobre pilotis, constituído de um hall com escadarias de acesso ao 1º pavimento e parte destinada ao acesso de estádio de futebol; um estádio de futebol, sala médica, piscina térmica, uma lavanderia; parque infantil; quadra de basquete, parque aquático composto de piscina olímpica.
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Caso não haja licitante ou dê-se indeferimento do lanço vencedor, o(s) bem(ns) será(ão) alienado(s) em segundo leilão designado para encerrar-se em sessão virtual a ser realizada no dia 4 de agosto, também às 9h, e novamente pelo maior lanço ofertado. Ainda de acordo com o edital do leilão despachado pela juíza Marília Gabriela Mendes Leite de Andrade, o(s) bem(ns) penhorado(s) nos presentes autos poderá(ão) ser alienado(s) em primeira praça pelo lanço mínimo de 50 % e em segunda praça pelo lanço mínimo de 30 %, calculados sobre o valor da avaliação do(s) mesmo(s).
A reportagem do Jornal do Commercio tentou entrar em contato com o departamento jurídico do Náutico, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta e as ligações não foram retornadas.
OUTRO LEILÃO
O departamento jurídico do Náutico já vem tentando anular o leilão do prédio da garagem do Departamento de Remo do clube, localizado na Rua da Aurora, para o pagamento de ação do técnico Givanildo Oliveira, que cobra do Timbu o valor de R$ 517.829,86. Esse leilão, por sua vez, está marcado para acontecer no dia 20 deste mês.
O presidente alvirrubro Edno Melo, em entrevista à Rádio Jornal, chegou a admitir a possibilidade real de perder esse patrimônio do clube. "O caso de Givanildo (Oliveira) é apenas um dos que envolvem a garagem do remo. São mais de 20 casos com valores bem mais altos, como os de Martinez, (Ricardo) Berna, Jean Rolt, Maranhão... são várias ações e situações que o Náutico não vai ter como fazer esse tipo de acordo. Eu realmente lamento muito que a gente tenha que passar por uma situação de perder um patrimônio, mas eu não vejo uma saída próspera para a garagem de remo do Náutico", revelou o presidente Edno Melo, em entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal.
O prédio de número 1193, na Rua da Aurora, em Santo Amaro, pertencente ao Clube Náutico Capibaribe foi avaliado em R$ 3.288.000,00.
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