O meia-atacante Marcos Vinícius, cria da base do Náutico, tem treinado no CT alvirrubro há quase duas semanas para manter a forma física enquanto busca por um clube. O atleta de 25 anos foi revelado pelo Timbu em 2012 e foi vendido para o Cruzeiro, com venda total de R$ 1,9 milhão, somando o montante de todo o percentual que os pernambucanos tinham dele em 2014 e 2015. A última camisa defendida pelo armador foi a do Botafogo-SP, por empréstimo do homônimo carioca. Porém, lá no interior paulista disputou apenas um jogo e foi devolvido à Estrela Solitária, onde teve o contrato encerrado em julho.
Livre no mercado, a possibilidade de acabar ficando no Náutico acaba, invariavelmente, surgindo. Contudo, a direção alvirrubra não põe muita esperança nisso, muito por causa do patamar salarial do jogador. De acordo com apuração do repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal, o atleta recebe acima de R$ 100 mil por mês desde que defendia o Cruzeiro. Apesar de o staff do meio-campista estar aberto a uma negociação para que ele fique, o vice-presidente de futebol, Diógenes Braga, põe os “pés no chão” sobre a condição financeira do Timbu para tal acerto.
“Eu particularmente não acredito. Marcos Vinícius é um atleta de nível muito alto, chegou num nível muito alto no Cruzeiro, Botafogo. No Cruzeiro, por exemplo, ele chegou a botar Arrascaeta no banco. Ele pediu para vir manter a forma e recondicionar aqui e votar ao mercado, e claro que um atleta da base que rendeu frutos ao clube que foi vendido por um montante significativo, não tinha sentido o clube negar isso ao atleta. Mas acho muito difícil”, comentou o dirigente.
“Quem não gostaria de contar com Marcos Vinícius, pela qualidade que o atleta tem? Mas o vejo num patamar fora da nossa realidade. O mercado que ele fomenta é o de Série A, onde ele tem mercado aberto e vamos recondicioná-lo aqui para que ele volte ao mercado. Mas quem sabe amanhã, com a gente estando na Série A, não possamos contar com ele?”, completou.
Para a posição, o Timbu tem Jean Carlos e Jorge Henrique, principais nomes da equipe no ano e na volta do futebol após a paralisação, além de Ruy, recém-contratado, que estava no Coritiba. Este último, apesar de ter um patamar salarial alto no ex-clube, aceitou vir dentro das condições que o Náutico poderia pagar. Com isso, apesar de ter uma chance de que Marcos Vinícius permaneça, já que suas características de jogo são diferentes dos demais, o peso nas finanças será preponderante para a resolução desse caso.