Atuações e números apontam dependência do Náutico com Jean Carlos e Jhonnatan

Atletas são partes importantes para fazer funcionar o estilo de jogo implementado pelo técnico Gilson Kleina, e sem a presença de um deles ou dos dois, a equipe cai bastante de produção
Klisman Gama
Publicado em 01/10/2020 às 8:21
NUMA BOA Jean Carlos diz que com menos jogos há uma redução nos riscos de lesão na temporada Foto: TIAGO CALDAS/NÁUTICO


O Náutico sentiu bastante as ausências de Jean Carlos e Jhonnatan na partida diante do Cuiabá, em que o Timbu acabou derrotado por 1x0 na Arena Pantanal. Os dois atletas, considerados titulares absolutos na equipe, melhoram consideravelmente a saída de bola e a construção de jogadas do time, processo vital no estilo de jogo proposto por Gilson Kleina desde que chegou ao Alvirrubro. O meia participou de nove partidas nesta Série B, enquanto o volante esteve em cinco. Desse total, atuaram juntos em quatro. E neste recorte é onde residem as três vitórias do Náutico na competição, além do empate contra a Chapecoense em casa. Aproveitamento de 83,3% com eles em campo.

Jean Carlos participou de nove das 11 partidas disputadas pelo Náutico na Segunda Divisão. Ao todo, são três vitórias, cinco empates e uma derrota. Ele ainda é o artilheiro alvirrubro no campeonato com quatro gols marcados, além de duas assistências, e é o quarto jogador com mais participações em gols da Série B, com seis ao todo. Ainda é o segundo atleta que mais finaliza na Segundona, com média de 2,7 por partida. O meia é o principal nome da equipe e tem chamado a responsabilidade para desequilibrar as partidas. Sem ele, a quantidade de chances criadas e finalizações diminuem bastante. Vale lembrar que, nas duas partidas em que Jean Carlos não atuou, o Timbu acabou derrotado.

Enquanto que Jhonnatan participou de cinco jogos, sendo as três vitórias do Náutico, um empate e uma derrota. Atuando como segundo volante, faz um papel um pouco mais discreto para o torcedor. Contudo, é uma peça muito importante na engrenagem da equipe. Sem sua presença, o Timbu perde por não ter outro jogador com as mesmas características de intensidade na marcação e boa saída de jogo. Convivendo com lesões desde o início da temporada, ele desfalcou o Alvirrubro em 14 dos 32 jogos feitos pelo time no ano. Números que complicam uma sequência maior do cabeça de área, apesar da sua importância ao elenco.

Daí vem o questionamento sobre uma possível dependência do Náutico em cima desses dois jogadores, ainda mais por possuírem características diferenciadas no plantel e que potencializam o estilo de jogo implementado pelo comandante. Os números e a atuação da equipe sem Jean Carlos e Jhonnatan mostram um cenário de que há essa dependência. Só que o técnico Gilson Kleina discorda dessa visão e destaca a confiança nos substitutos acionados.

“Não temos a dependência de um ou dois jogadores. Nós sabemos a qualidade e referência desses atletas que estiveram ausentes hoje. Mas a gente passa confiança e oportunidade para esses atletas que vêm começando”, avaliou o treinador alvirrubro.

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