O atacante Vinícius chegou ao Náutico há quase duas semanas como um dos homens de confiança do técnico Gilson Kleina. Tendo trabalhado junto com o treinador, ele tem se mostrado um jogador participativo no ataque, que não se esconde do jogo e flutua próximo da grande área. Mas o baixo número de gols na carreira causou desconfiança ao torcedor, já que, para um homem de frente, 15 gols - contando com o marcado contra o Cruzeiro - é considerado pouco para um atleta da posição. Com isso, ciente de que essa situação o acompanha ao longo da carreira, Vinícius destaca a evolução que vem tendo ao longo dos anos em se tornar um jogador que finaliza mais e apareça mais na área para, assim, balançar mais as redes.
“Eu sou um meia-atacante que gosta muito de jogar, de buscar o jogo, eu ajudo muito na marcação. Eu tinha uma deficiência sobre isso. Às vezes eu dava um passe muito bom para o gol, e não entrava na área para acompanhar a jogada. E essa situação de eu chutar mais no gol, de eu estar entrando mais na área aqui no Náutico, é amadurecimento. Eu amadureci, mudança de característica. Hoje em dia, por mais que eu seja um meia-atacante, sou um jogador de linha de frente. Então eu tenho que fazer gols também. Porque chega no final do ano, o pessoal vai olhar e 'Vinícius fez dois gols'. O pessoal não vai pegar 10 jogos meus e falar 'ele jogou bem, ajudou o time', então tem tudo isso. E fazendo gols eu vou estar ajudando muito o time”, afirmou Vinícius.
Com o técnico Gilson Kleina, Vinícius já fez essa parceria em quatro clubes. Palmeiras, Coritiba, Chapecoense e Criciúma. No Náutico, a quinta oportunidade, ele tem sido escalado como um segundo atacante que vem pela esquerda e faz o chamado “facão” (infiltração em diagonal em direção à grande área), para criar oportunidades de finalização. Contra o Oeste-SP, sua estreia, ele finalizou bastante no primeiro tempo, sendo um dos melhores do Timbu em campo. Diante do Cruzeiro, também participativo, não se escondeu do jogo e marcou seu gol ainda na primeira etapa, exatamente da maneira que o treinador pede para ele fazer. Cortar para o meio e bater. Esse é um pedido que ele vem tentando pôr em prática para seguir evoluindo e, consequentemente, ajudar o Náutico na Série B.
“Tanto o Juninho (Lola, auxiliar técnico) e o próprio Gilson sempre falaram muito para mim essa questão, que eu consigo limpar bem a jogada, que eu consigo criar oportunidade, para mim, de chute. Só que muitas vezes eu procurava o passe. Então eu comecei a treinar, a me aprimorar mais, todos os dias. Depois do jogo contra o Oeste-SP, eu me cobrei muito, porque perdi duas oportunidades. Então é concentração, foco e querer melhorar sempre”, concluiu.