Klisman Gama
Publicado em 06/11/2020 às 8:12
O retrospecto de Gilson Kleina no comando do Náutico vem de uma queda brusca de desempenho. Quando assumiu o Alvirrubro pela primeira vez na beira do gramado, no dia 22 de agosto, o time esboçou reação depois de uma largada ruim na Série B. Nos seis primeiros jogos, foram três vitórias, dois empates e uma derrota. Só que, daí em diante, a situação saiu dos trilhos e o Timbu voltou a cair na tabela da competição, culminando com a situação atual, em 17º lugar, abrindo o Z4. Diante disso, o próprio treinador qualifica o primeiro turno do Náutico como “pífio”. Porém, também destacou pontos que, na visão dele, contribuíram para uma fase tão negativa.
“Neste returno, temos que fazer totalmente diferente. Fizemos um primeiro turno muito pífio, abaixo, que não era como esperávamos. Mas tenho que dizer que nosso mês de outubro foi muito complicado. Foi para todas as equipes, mas para nós foi pontual. Teve momentos que perdemos muitos jogadores de um jogo para o outro, depois por setor, lesão, cartão. Jogadores que a gente vem conhecendo e estreando no jogo. Espero que nesse tempo que passou que a gente possa conseguir voltar com que a nossa equipe seja coesa”, disse, com bastante sinceridade, o treinador.
Algo que também incomodou bastante o comandante foi a postura diante do CSA, no último sábado. Mesmo saindo na frente com o 1x0, o Náutico sucumbiu e aceitou com facilidade a imposição dos alagoanos, que jogavam em casa e fizeram valer seu estilo de jogo. A falta de reação, de entrega dentro de campo, foi criticada por Kleina.
“Nosso desempenho contra o CSA foi abaixo do esperado. Uma coisa que conversamos no nosso retorno desde segunda-feira foi sobre essa postura. Uma equipe que sai na frente do CSA, que vem fazendo uma sequência positiva muito boa, e não conseguimos sustentar. Entendo que aceitamos muito que o adversário conseguisse implementar sua estratégia. E não é uma condição normal que o Náutico aceite essa situação”, disse.
Para que o Alvirrubro retome ao caminho das vitórias, Gilson Kleina quer resgatar valores que o time apresentava no começo do seu trabalho. Com um futebol ofensivo, propositivo, uma marcação melhor encaixada e bastante raça até o fim das partidas. “Nesses 15 dias em que fiquei ausente, conversamos sobre alguns aspectos e um deles é que nossa equipe volte a ser agressiva, proponha o jogo, seja protagonista, que criava, marcava e competia. Temos que voltar com esses ingredientes”, encerrou.