A única opção é reagir. Em uma sequência difícil de três jogos fora de casa pela Série B, o Náutico faz o primeiro duelo nesta sexta-feira (13) contra Operário às 16h30, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa-PR. Abrindo a zona de rebaixamento no 17º lugar, com 20 pontos, o Alvirrubro vê os adversários abrindo uma distância maior dele. Do 15º em diante, a diferença é de quatro pontos ou mais. Por isso a necessidade de vencer. Assim, o Timbu deve encarar o Fantasma com mudanças na equipe que encarou o Avaí nos Aflitos e empatou em 2x2. A principal delas no meio de campo.
O meia Jean Carlos, que começou o jogo passado no banco de reservas, deve ser acionado na vaga de Marcos Vinícius. Naquele momento, o treinador alvirrubro justificou que era uma forma de poupar o jogador, que vinha sentindo o peso das críticas e da pressão pelo mau momento da equipe na competição. Quem pode reforçar o Náutico, ao menos no banco de reservas, é o meia-atacante Dudu, que volta a ser relacionado depois de mais de um mês longe, por causa de uma lesão sofrida no jogo contra o América-MG.
No restante da equipe, em questão de peças, o Timbu não deve passar por mudanças. A zaga deve permanecer com Ronaldo Alves e Rafael Ribeiro. Yago Rocha vai ganhando sequência na lateral-direita e Simões segue na esquerda. O meio de campo contará novamente com a sua formação considerada ideal dentro das peças que o Timbu tem, com Rhaldney, Jhonnatan, Jorge Henrique e Jean Carlos. No ataque, Kieza, que vem de um bom jogo contra o Avaí com gol e assistência, ganha confiança e segue como referência, tendo Vinícius ao seu lado.
O que pode ser diferente é a função de algum jogador dentro de campo e o tipo da marcação do Náutico. O Operário-PR é um time que tem dificuldades na saída de bola, com isso, Kleina pode postar o time para pressionar o adversário na defesa, de maneira mais agressiva, ocupando bem os espaços para forçar o Fantasma a ter que se livrar da bola. Enquanto que, na parte psicológica, o treinador sabe da pressão existente e tenta amenizá-la ao máximo para que não atrapalhe a busca pela vitória.
“Não podemos colocar mais pressão onde já existe. Sabemos da nossa responsabilidade, estamos fazendo de tudo para essas vitórias acontecerem. Deixamos escapar oito ou dez pontos durante a competição e poderíamos estar virando o turno em uma classificação muito melhor, a gente sabe disso. Mas as coisas aconteceram, sabemos que o futebol acontecem imprevistos e estamos fazendo de tudo para ter esses ajustes. O nível de concentração, uma forma diferente de marcar nos minutos finais, se isso precisar. Mas entendo que o desempenho, que é algo difícil, está acontecendo. Mas ele tem que estar aliado ao resultado e é isso que estamos buscando”, comentou o técnico.
O Fantasma chega para o duelo tentando também se afastar da parte de baixo da tabela. Vindo de uma sequência ruim, bateu o Figueirense na última rodada e chegou aos 26 pontos. No time, a tendência é a manutenção da base que esteve no jogo passado, com a chance da volta do zagueiro Ricardo Silva, que esteve ausente, no lugar de Sosa. Ciente da dificuldade que o Náutico pode trazer, o técnico Matheus Costa destacou que a posição alvirrubra na tabela não é sinal de jogo fácil.
“Temos mais um jogo difícil frente ao Náutico. Sabemos que temos condições de vencer, mas temos que ter equilíbrio. E apesar de estar na parte de baixo, eles têm jogadores que podem decidir, como o Kieza, Jean Carlos e Jorge Henrique. Não é porque o adversário está na parte de baixo da tabela que nós venceremos”, afirmou o comandante do Operário-PR.
Operário-PR
Thiago Braga; Sávio, Bonfim, Ricardo Silva (Sosa) e Fabiano; Leandro Vilela, Marcelo, Jean Carlo e Thomaz; Jefinhho e Douglas Coutinho. Técnico: Matheus Costa.
Náutico
Jefferson; Yago Rocha, Rafael Ribeiro, Ronaldo Alves e Wilian Simões; Rhaldney, Jhonnatan, Jorge Henrique e Jean Carlos; Vinícius e Kieza. Técnico: Gilson Kleina.
Local: Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa-PR. Horário: 16h30. Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ). Assistentes: Daniel do Espírito Santo Parro e Carlos Henrique Cardoso (ambos RJ).