Após o empate do Náutico com o Afogados, o técnico Hélio dos Anjos criticou a arbitragem comandada pelo juiz José Woshington. O principal motivo da reclamação foi o tempo complementar dado na reta final da partida. Na visão do treinador, o árbitro não acrescentou mais minutos porque estava sem condições físicas. Durante a etapa final, José Woshington precisou do apoio do departamento médico do time sertanejo e recebeu uma bolsa de gelo em uma das panturrilhas. Hélio ainda revelou que no jogo anterior - a vitória em cima do Santa Cruz - foi avisado antes do clássico de que poderia ser expulso.
"Eu tenho informações e posições de dentro do clube de que eu poderia ter sido expulso no jogo contra o Santa Cruz. Tive esse comunicado externo e acho que isso é ser coagido. Não vou discutir a parte técnica da arbitragem. O que eu discuto, independente das ações do meu time, é um juiz, que apita poucos jogos, ter câimbras aos 24 minutos do segundo tempo, ser socorrido por quatro minutos, após dez substituições no jogo, com essas e outras pausas, o árbitro acrescentar apenas sete minutos no fim do jogo e ainda teve paralisação durante os acréscimos", disse.
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"Ele (árbitro) não acrescentou mais tempo porque não aguentava mais. Não tenho nada contra a arbitragem pernambucana, mas certas coisas precisam acabar. É uma preocupação com o banco, com o entorno dos jogos, que não entendo. Se eu me sentir coagido, vou falar. Mas tem certas coisas que não precisam acontecer. No fim do jogo, a representante da Federação estava gravando tudo. Por qual motivo? Acionar o Tribunal? Parece que estão com medo do jogo. Agora, passou, nosso time teve um ímpeto grande, é focar em fazer um grande clássico", completou Hélio.
A revolta com a arbitragem não ficou restrita ao técnico alvirrubro. No fim do jogo, em entrevista à Rádio Jornal, o vice-presidente Diógenes Braga, e homem forte do futebol, declarou de que Hélio dos Anjos está sendo perseguido. O comandante do Timbu tem sido advertido constantemente com cartão amarelo durante os jogos deste ano.
"Ele está sendo boi de piranha para as novas regras que está se colocando. Passou o jogo todo sentado em uma cadeira com dores na perna, mas ficam marcando ele o tempo todo. O resultado do jogo é outra coisa, reconhecemos as nossas falhas. Só que o atendimento ao juiz durou cerca de três, quatro minutos, e ele só deu sete de acréscimo", afirmou o dirigente.