LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 05/11/2020 às 8:34
Em time que está ganhando não se mexe. No Santa Cruz, porém, a disputa no meio de campo tem provocado uma briga saudável por uma vaga na equipe titular nos últimos jogos. Desde o início da temporada, André, Paulinho e Didira se consolidaram como peças chaves para a engrenagem do meio-campo Coral. Porém, durante a Série C, outros atletas passaram a ganhar oportunidades e corresponderam com boas atuações. Esse é o caso dos volantes Bileu e Tinga, e do meia Chiquinho.
Afastado desde o jogo contra o Imperatriz devido a dores musculares, o volante Paulinho foi afastado por precaução devido a uma suspeita de covid. Nessa quarta-feira, ele junto com os demais atletas fizeram o teste para a partida contra o Vila Nova-GO, que só deve ser divulgado nesta quinta-feira. Porém, de acordo com informações da comunicação do clube, em nenhum momento foi cravado que o atleta testou positivo para a covid-19.
Caso tenha o resultado negativo, Paulinho deve ser liberado para enfrentar a equipe alvirrubra neste sábado. Portanto, seria um reforço de peso, já que o atleta é um dos principais destaques na temporada do Santa Cruz. Em 2020, esteve em campo em 25 dos 36 jogos do Tricolor, com dois marcados. Já na Série C, atuou em sete das 13 partidas. Paulinho se tornou um ponto de equilíbrio na Cobra Coral não só pelas boas atuações, mas também por auxiliar diretamente Didira na construção das ações ofensivas do time.
E para dar mais liberdade a Paulinho e Didira, tanto o ex-técnico Itamar Schulle, quanto Marcelo Martelotte, optam por usar um volante mais recuado, de contenção. Com isso, André ganhou a vaga de Bileu logo no início da temporada e se consolidou na equipe titular. Assim, o prata da casa que se destacou na Copa São Paulo de Futebol Júnior esteve em campo em 28 oportunidades com a camisa Tricolor e se destacou não só pelo encaixe com os companheiros, mas também pela qualidade na saída de bola.
Mesmo tendo perdido a vaga no time titular, Bileu continuou como uma espécie de 12º jogador, já que esteve em campo em 31 dos 36 jogos da temporada. Depois de um início entre os onze iniciais e uma breve passagem pelo banco de reservas, o atleta passou a ser mais utilizado desde a chegada de Martelotte ao Santa Cruz, com quem havia atuado em 2015 no acesso à Série A. Na Série C esteve em campo em 11 oportunidades, sendo oito como titular. Na goleada diante do Imperatriz na última rodada formou dupla com André, já que Paulinho esteve ausente. Didira completou o trio de meio campistas.
Um fato curioso é o caso do volante Tinga. O atleta é o único que esteve presente em todos os 13 jogos do Santa Cruz na Série C. Seja iniciando entre os onze ou saindo do banco de reservas, o atleta esteve sempre à disposição do time na competição. Com isso, assim como Bileu, se tornou um 12º jogador, sempre pronto para substituir aqueles que são considerados os titulares (André e Paulinho).
Na armação do Santa Cruz, Didira tem apresentado números bem expressivos. Presente em 24 dos 36 jogos, o meia marcou cinco gols e deu seis assistências, participando diretamente de 11 dos 50 gols marcados pelo Santa Cruz na temporada. O desempenho consolidou o atleta após um início bastante turbulento, onde teve problemas particulares e teve que ficar uns dias afastado no estado de Alagoas, onde mora a família.
Por outro lado, Chiquinho conviveu com algumas lesões desde que chegou ao Arruda, mas sempre que esteve dentro de campo, se portou como uma peça importantíssima para o Santa Cruz. Neste contexto, o meia esteve presente em 24 jogos na temporada, com quatro gols marcados. Já na Série C, foram 10 jogos. Durante a competição, inclusive, já chegou a jogar ao lado de Didira, num esquema com dois volantes e dois meias.
Com as seis opções, sendo quatro volantes e dois meias, a briga para entrar nos 11 iniciais do Tricolor ficou bastante acirrada. Dessa forma, o maior beneficiado é o Santa Cruz, que tem peças importantes à disposição. Para o confronto diante do Vila Nova-GO, a expectativa é que todos estejam à disposição do auxiliar Thiago Duarte, responsável por comandar o clube na ausência de Martelotte, que foi diagnosticado com covid-19.