Davi Saboya
Publicado em 13/06/2020 às 7:06
Neste sábado é o dia que os rubro-negros poderão reviver o tão marcante título do Sport de tricampeão da Copa do Nordeste em 2014. Às 18h, a TV Jornal vai reprisar o segundo jogo da final do torneio regional diante do Ceará, na Arena Castelão, em Fortaleza. O responsável por passar novamente a emoção daquela decisão será o narrador Aroldo Costa. Os comentários serão de Carlyle Paes Barreto. A partida também será retransmitida na Rádio Jornal com o time do Escrete de Ouro formado por Alexandre Costa, Ralph de Carvalho, Igor Moura e Marcelo Araújo.
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Uma conquista marcante para o clube, os torcedores e o técnico Eduardo Baptista, que estava dando os primeiros passos como comandante de um time profissional de futebol. O Leão não havia começado bem o Nordestão, ainda com Geninho dirigindo a equipe, porém, surpreendeu com uma grande evolução. Bateu o Vozão por 2x0, na Ilha do Retiro, e soube administrar a vantagem fora de casa para faturar mais um troféu.
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"Foi um título marcante demais na minha carreira. Era uma fase que ainda estava no começo, eu era interino. Foi a semente de tudo. Tanto que só após o título estadual, na mesma semana, que de fato começou a carreira como treinador, de forma oficial. Mudou a minha vida. É um título que considero muito", afirmou o filho do treinador Nelsinho Batista, campeão da Copa do Brasil de 2008.
Eduardo destacou que tri da Copa do Nordeste foi assegurado após o êxito em uma mudança na equipe rubro-negra no intervalo do jogo de volta. Sem Danilo (suspenso), que fazia a "dobradinha" com Renê pelo lado esquerdo, atuando na função de meia, ele perdeu o volante Wendel, suplente na função, e precisou apostar no jovem zagueiro Igor Fernandes. Na visão do treinador do Sport na época, se a alteração não tive dado certa, o Ceará poderia ter construído a reviravolta.
"O ponto crucial foi no intervalo. A força maior do Ceará era pelo lado direito com o Samuel Xavier, que estava em grande forma. No primeiro jogo, conseguimos anular com Danilo pelo lado esquerdo na segunda linha. Só que ele marcou o gol na partida de ida, foi comemorar com a torcida, e tomou o terceiro cartão amarelo. Aí na volta optamos pelo Wendel, que foi muito bem no primeiro tempo. Porém, ele sentiu uma contusão. E não poderíamos deixar o Ceará crescer, se não tudo poderia ser perdido no Castelão diante de quase 60 mil pessoas. Foi então que escolhi Igor Fernandes, um garoto que estava começando a carreira e correspondeu", disse.
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"Essa decisão deu muito certo e não deixou o Ceará crescer. Tudo poderia ser perdido ali, pois já era o terceiro jogador na posição. Essa foi a grande sacada do jogo. Todo mundo ficou assustado com a minha escolha, inclusive a direção, mas eu tinha convicção pela resposta que ele (Igor Fernandes) passava nos treinos. Quando conversamos no intervalo, o garoto passou muita segurança. Entrou e correspondeu", completou.
Ainda de acordo com Eduardo Baptista, o segredo para o rápido sucesso e consolidação durante o ano de 2014 foi o comprometido de cada jogador. "O tempero daquela equipe foi a união do grupo de jogadores formado. Além disso, a chegada de Durval foi crucial. Como também o crescimento de Wendell. Teve Renê assumindo a posição ainda. Evertton Páscoa de volante. Conseguimos ganhar um corpo muito forte no começo da temporada. Os resultados foram acontecendo e o time ganhou bastante confiança. Tanto que não se intimidou no jogo decisivo do Nordestão. Quando os jogadores voltaram do aquecimento, observei no semblante de cada um que seríamos campeões. Durval passou por mim e disse: hoje é o dia. Ali eu e a comissão técnica observamos que o título era nosso", comentou.
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