O presidente do Sport, Carlos Frederico, não participou efetivamente da reunião envolvendo representantes do Rubro-Negro com a Comissão Nacional de Arbitragem. No entanto, em entrevista ao programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, deu alguns detalhes sobre o que aconteceu nesta reunião. De acordo com o mandatário, o Leão solicitou a conversa entre o árbitro de campo com o de vídeo em alguns lances em que o clube se sentiu prejudicado nesta Série A. Um deles, claro, foi o diálogo do juiz com o VAR após a marcação do pênalti contra o Palmeiras, no último lance do jogo, onde Dyorgines José Padovani marcou a penalidade mas voltou atrás depois de consultar o lance no vídeo através da recomendação do VAR. Porém, por conta de regras, o teor dos áudios não pode ser divulgado em público.
"Não houve um convencimento total da nossa parte, inclusive alguns lances, que eu não posso citar quais, houve uma compreensão da Comissão Nacional de Arbitragem de que pode ter havido um erro do VAR ou do árbitro de campo. A gente tem que manter sigilo porque são decisões que envolvem profissionais que estavam nas partidas, envolve a divulgação de áudios do árbitro de campo com o VAR. E a gente só pode escutá-los e ter acesso a eles sob a condição de não mencionar e manter o sigilo", afirmou o mandatário.
Por conta de problemas de saúde, o presidente do Sport não teve como participar desta reunião. Ele já está bem, mas foi recomendação médica que ele não viajasse. Portanto, quem representou o Leão foi o diretor de futebol Augusto Caldas, além do presidente da Federação Pernambucana, Evandro Carvalho. Mesmo não podendo revelar para a torcida o teor dos áudios divulgados pela Comissão Nacional de Arbitragem, Carlos Frederico pediu confiança da torcida, destacando que a direção leonina está de olho em toda esta situação que vem causando polêmica nas últimas partidas do Sport.
"Quem acompanhou foi o Augusto Caldas junto com o Evandro Carvalho. Foi uma reunião muito boa. Apesar de ter saído na imprensa que o presidente Evandro ficou satisfeito com o que ouviu, nós não ficamos. Foi pedido pelo Leonardo Gaciba que nós não mencionássemos em momento algum o teor do que foi conversado lá. Esse acesso a gente teve e ele não pode ser divulgado em público por conta da regra. Se a gente faz um ofício pedindo o acesso desses áudios, eles não podem ser enviados para Recife. A gente tem que ir até a sede da Comissão Nacional de Arbitragem e escutá-los lá. Não podemos entrar com gravador, com celular. E estou de acordo, são certas informações que não podem ser reveladas. Mas que a torcida tenha confiança que a gente está alerta com isso tudo", afirmou.
Alguns dias depois da reunião, o Sport enfrentou o Fluminense e perdeu por 1x0. No entanto, o Rubro-Negro também ficou na bronca com a arbitragem. Desta vez, a polêmica não foi envolvendo a marcação ou não de pênalti, mas sim sobre a expulsão do lateral-esquerdo Júnior Tavares. De início, o árbitro Héber Roberto Lopes não tinha expulsado o jogador. Porém, foi chamado pelo árbitro de vídeo, consultou o lance no monitor e acabou expulsando o defensor leonino, o que também não agradou o presidente Carlos Frederico, o elenco leonino e, claro, a própria torcida do Sport.
Com 32 pontos ganhos, o Sport é o 14º da Série A. O Rubro-Negro volta a campo nesta quinta-feira, diante do Corinthians, na Neo Quimíca Arena, às 21h.