O mundo "deveria ter escutado" a Organização Mundial da Saúde (OMS) quando alertou sobre o novo coronavírus no final de janeiro, disse seu chefe nesta segunda-feira(27), enfatizando que a instituição não pode obrigar os países a seguir suas recomendações.
Enquanto a OMS é criticada pelos Estados Unidos pela demora de sua reação à covid-19, seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu, mais uma vez, sua ação.
Questionado sobre a política de desconfinamento, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro antes do pico da pandemia no Brasil, Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que a OMS "não tem autoridade para obrigar os países a seguir suas recomendações".
"O mundo deveria ter ouvido atentamente a OMS porque a emergência global começou em 30 de janeiro", com 82 casos e nenhuma morte fora da China, declarou à imprensa em Genebra.
"E aconselhamos a todos que adotassem um amplo enfoque na saúde pública. Dissemos que os casos deveriam ser procurados, testados, isolados, assim como seus contatos. Os países que seguiram o conselho estão em uma posição melhor do que outros, é um fato", afirmou.
"Cada país poderia ter implementado todas essas medidas possíveis. Acho que é suficiente para mostrar a importância de ouvir os conselhos da OMS", insistiu.
A pandemia do novo coronavírus matou mais de 207.000 pessoas em todo o mundo desde seu aparecimento na China em dezembro, segundo um balanço da AFP com fontes oficiais.
Washington, que acusa a OMS de administrar mal a pandemia e atrasar os alertar para não ofender Pequim, suspendeu sua contribuição financeira à organização.
Diante dessas críticas, o chefe da OMS defendeu repetidamente a organização e, nesta segunda-feira, reforçou que vai "garantir a continuidade das recomendações baseadas em ciência e evidências. Caberá aos países segui-las ou não".
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.