Durante cobertura dos protestos que seguem em seu terceiro dia contra a morte de George Floyd, homem negro de 46 anos, que faleceu após ser sufocado por um policial em Minneapolis, no estado de Minnesota, um repórter da CNN, também negro, Omar Jimenez foi algemado e detido nesta sexta-feira (29), enquanto acontecia a transmissão ao vivo, mesmo após se identificar como jornalista. O acontecimento fez com que "Repórter da CNN" ficasse nos assuntos mais comentados do Brasil no Twitter.
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O produtor Bill Kirkos e o fotógrafo Leonel Mendez, membros da equipe de Jimenez, também foram presos. No entanto, o repórter Josh Campbell, branco e do mesmo grupo de jornalistas, chegou a ser abordado, mas, diferente de Jimenez, não foi levado para a delegacia. Campbell afirmou que "o que aconteceu com Omar é claramente diferente".
Jimenez, que também é latino, chegou a perguntar porque estava sendo algemado e os policiais disseram que ele não acatou à ordem instruída por eles de mudar de local. Antes do ocorrido, o repórter latino pediu aos policiais para avisá-lo caso quisessem que ele e sua equipe se deslocassem. Todos foram soltos depois.
A CNN criticou a prisão de um de seus funcionários e pediu a liberação imediata dele e da equipe, considerando a ação "uma clara violação dos direitos da Primeira Emenda". Primeira Emenda, presente na Constituição dos Estados Unidos, protege os direitos fundamentais dos cidadãos norte-americanos contra interferências do governo, proibindo o estabelecimento de qualquer lei que impeça a liberdade de religião, de expressão, de imprensa e as associações pacíficas.
O episódio vivenciado pelo repórter Omar Jimenez fez com que se tornasse um dos mais comentados na rede social Twitter, gerando indignação entre os internautas.