EUA

Trump admite que minimizou perigo do coronavírus, revela livro de jornalista

Segundo prévia da CNN, presidente americano teria dito que "sempre quis minimizar isso"
Estadão Conteúdo
Publicado em 09/09/2020 às 18:59
Copa de 2026 será nos Estados Unidos, Canadá e México Foto: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu em fevereiro que sabia quão mortal e contagioso era o novo coronavírus, mas minimizou a crise porque não queria criar pânico, indicam gravações de entrevistas feitas para um livro.
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"Sempre quis minimizar isso", disse Trump ao jornalista veterano Bob Woodward em 19 de março, de acordo a prévia da CNN. "Ainda gosto de minimizar, porque não quero criar pânico", admitiu.
Obtidas pela CNN, as gravações foram feitas durante a apuração do livro Rage, que será lançado no dia 15 de setembro. As declarações vêm à tona semanas antes da eleição presidencial de 3 de novembro, em um momento em que os esforços de Trump para combater a covid-19 têm sido intensamente criticados.
Em outras entrevistas com Woodward, o presidente americano deixou claro que entendia que o vírus era "mortal" e muito mais perigoso do que a gripe comum. Mesmo assim, Trump tem repetidamente dito em público que o vírus não deve ser considerado um grande perigo e que "irá embora" por conta própria. Os Estados Unidos devem ultrapassar a marca de 200 mil mortes por covid-19 em breve.
A assessora de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, disse a repórteres que a única motivação de Trump para minimizar os perigos era tranquilizar o público.
"É importante expressar confiança, é importante expressar calma", disse. "O presidente nunca mentiu para o público americano sobre a covid-19." Woodward conduziu 18 entrevistas com Trump para o livro.
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