Pfizer anuncia possibilidade de vacina contra a Covid-19 ainda em 2020

"Se tudo correr bem, estaremos prontos para distribuir um número inicial de doses", disse o presidente-executivo da Pfizer
AFP
Publicado em 27/10/2020 às 18:52
ESTUDO Com atraso do Governo Federal, plano municipal está sendo desenhado para garantir vacinação Foto: JAILTON JR./JC IMAGEM


Os executivos da Pfizer expressaram otimismo nesta terça-feira (27) sobre a perspectiva de fornecer uma vacina contra o novo coronavírus ainda em 2020, em meio às declarações da gigante farmacêutica sobre lucros mais baixos no terceiro trimestre a partir da redução da demanda por medicamentos.

O presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, disse que a gigante dos medicamentos poderia fornecer cerca de 40 milhões de doses nos Estados Unidos este ano se os testes clínicos prosseguissem conforme o esperado e os reguladores aprovassem uma vacina.

"Se tudo correr bem, estaremos prontos para distribuir um número inicial de doses", afirmou Bourla, que mencionou um contrato do governo americano com a Pfizer para fornecer 40 milhões de doses até o final deste ano e 100 milhões de doses até março de 2021.

No entanto, Bourla ressaltou que a empresa ainda não atingiu os principais parâmetros de referência na avaliação da eficácia da vacina. A Pfizer havia declarado anteriormente que poderia ter os dados em outubro.

O CEO disse que a empresa espera solicitar autorização de uso emergencial para sua vacina da covid-19 na terceira semana de novembro, quase de acordo com os cronogramas anteriores.

Questionado se estava "certo" de que a vacina funcionaria, Bourla afirmou: "Não estou otimista de que a vacina funcionará. Estou cautelosamente otimista de que a vacina funcionará". Com relação ao lucro, a Pfizer relatou uma queda de 71% no lucro, para US$ 2,2 bilhões. As receitas caíram 4%, para US$ 12,1 bilhões.

A Pfizer estimou um impacto de receita de US$ 500 milhões relacionado à covid-19, diante de uma menor demanda farmacêutica da China e menos visitas a pacientes nos EUA.

A empresa viu uma queda de 11% em seus negócios hospitalares nos mercados emergentes, principalmente devido a menos cirurgias eletivas na China e menor tempo de internação hospitalar no país.

Este efeito foi parcialmente compensado pelo aumento da demanda pela vacina Prevnar-13 para pneumonia "resultante de uma maior conscientização sobre a vacina para doenças respiratórias", anunciou a empresa.

A Pfizer também citou um forte desempenho em seus negócios biofarmacêuticos devido às boas vendas do medicamento contra o câncer Ibrance, o anticoagulante Eliquis e outros medicamentos. As ações subiram 0,1% para US$ 37,97 nas negociações desta tarde.

 

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