Proposta de ajuda econômica da Casa Branca inclui cheques de US$ 600, diz senador

Alguns democratas defendem que o valor pago seja de 1.200 dólares
AFP
Publicado em 09/12/2020 às 17:11
Casa Branca Foto: CHIP SOMODEVILLA/GETTY IMAGES VIA AFP


A última proposta da Casa Branca para impulsionar a economia norte-americana, duramente atingida pela pandemia, inclui cheques de 600 dólares para os cidadãos, mas tem pouco apoio dos democratas, disse o líder dos republicanos na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, nesta quarta-feira (9).

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, apresentou na véspera uma proposta de 916 bilhões de dólares com o objetivo de desbloquear as negociações entre os congressistas republicanos e democratas sobre um plano de estímulo da economia.

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O senador Bernie Sanders, que disputou a candidatura presidencial democrata nas primárias, e representantes da ala mais à esquerda do partido rejeitaram o projeto, alegando que a quantia destinada aos cheques é baixa demais.

"É inaceitável e não podemos deixar assim, a não ser que alcancemos 1.200 dólares para cada trabalhador, um seguro-desemprego prolongado e uma ajuda adequada para estados e cidades. Este país está enfrentando uma crise, temos que dar uma resposta à altura", explicaram.

Mnuchin argumentou que seu plano inclui "dinheiro para os governos estaduais e locais e robustas proteções de responsabilidade para empresas, escolas e universidades" afetadas pela pandemia, mas o Departamento de Estado não deu mais detalhes.

A titular democrata da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, e o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, pareceram pouco convencidos pelo projeto da Casa Branca e indicaram que queriam se concentrar em uma proposta de 908 bilhões de dólares apresentada na semana passada por um grupo de senadores republicanos e democratas.

O Congresso aprovou em março um plano de ajuda de 2,2 trilhões de dólares, que inclui empréstimos e subsídios para pequenas empresas, pagamentos de 1.200 dólares a todos os cidadãos norte-americanos e uma expansão da rede de segurança contra o desemprego.

Grande parte dessa assistência já expirou e a proposta de Mnunchin representa um dos últimos esforços para se chegar a um acordo antes que o presidente eleito, o democrata Joe Biden, substitua Donald Trump em 20 de janeiro, quando também deverá assumir um Congresso com uma nova composição.

Os democratas têm pressionado para obter um pacote de estímulos de três trilhões de dólares, mas por enquanto estão dispostos a aceitar propostas menos ambiciosas, pelo menos para cobrir o período até a posse de Biden.

 

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