O Chile começou hoje (24) a administrar as primeiras doses da vacina contra covid-19 da Pfizer-BioNTech a profissionais de saúde. O objetivo é avançar rapidamente em sua campanha contra o novo coronavírus, que já deixou mais de 16 mil mortos no país sul-americano.
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Chile e México foram os primeiros países da região a iniciar a vacinação. A Costa Rica também recebeu doses da Pfizer, enquanto o primeiro lote da russa Sputnik já chegou à Argentina.
Num voo procedente da Bélgica e sob medidas rígidas para mantê-las em baixa temperatura, as caixinhas com as primeiras 10 mil doses foram levadas a Santiago para dar início imediato à campanha em três hospitais. Outra remessa de 10 unidades chegará na próxima semana.
O ministro da Saúde Enrique Paris explicou que serão recebidas 240 mil doses em janeiro e um número maior em fevereiro, até completar as 10 milhões de doses contratadas com a farmacêutica.
Em meio a uma transmissão amplamente divulgada pela mídia local, uma funcionária de um hospital público foi escolhida para tomar a primeira vacina.
"Eu entendo que as pessoas ficam desconfiadas, é uma coisa nova; mas se vacine enquanto pode, o mais rápido possível e continue se cuidando", disse a técnica de enfermagem Zulema Riquelme, de 46 anos, após receber a dose.
O Chile está entre os países latino-americanos com mais acordos para obtenção de vacinas de diversos laboratórios, incluindo Sinovac e AstraZeneca, além de participar do acordo global Covax.
Nesta quinta-feira, o México também aplicou a primeira dose de vacina contra a covid-19, em uma enfermeira de 59 anos. É o início do plano pelo qual o governo disse que espera imunizar toda a população de 130 milhões de habitantes.
Ontem, o país recebeu o primeiro lote com 3 mil doses da vacina norte-americana Pfizer, de um pedido total de 34,4 milhões feito à farmacêutica.
"Estou um pouco nervosa mas muito feliz, é o melhor presente que poderia receber em 2020", disse María Irene Ramírez pouco antes de ser vacinada.
"Isso me dá forças agora para seguir com mais segurança em meio a essa guerra invisível", completou a chefe de enfermagem da unidade de terapia intensiva de um hospital da capital.
O México ocupa o quarto lugar no mundo entre os países com mais mortes pelo novo coronavírus (120.311), além de 1.350.079 infectados.
"Hoje muda definitivamente a perspectiva, hoje temos a esperança de que com a vacina começaremos a combater de maneira muito mais efetiva esse inimigo terrível da humanidade", disse o subsecretário de Saúde, Hugo López-Gatell, ao iniciar a vacinação.