O novo confinamento imposto na Inglaterra diante do aumento de contágios pela nova variante do coronavírus deve permanecer em vigor até março, quando começará uma flexibilização progressiva, advertiu nesta terça-feira (5) o ministro responsável pela coordenação do governo, Michael Gove.
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Legalmente, o confinamento deve entrar em vigor a partir de quarta-feira (6), às 0h01 locais, mas o primeiro-ministro Boris Johnson fez um apelo para que a população cumpra as medidas imediatamente.
"No início de março devemos ser capazes de retirar algumas destas restrições, mas não necessariamente todas", afirmou Gove ao canal Sky News.
"Faremos todo o possível para vacinar o máximo de pessoas e para que consigamos começar a retirar progressivamente as restrições", completou, antes de anunciar que as próximas semanas serão "muito, muito difíceis".
Diante da alarmante propagação da nova variante do vírus, entre 50% e 70% mais contagiosa de acordo com cientistas britânicos, e do risco de colapso do sistema de saúde, Boris Johnson estabeleceu medidas mais estritas e ampliou para toda Inglaterra o confinamento que já estava em vigor para 75% da população. As escolas, que até agora estavam abertas, permanecerão fechadas.
A população só pode sair de casa para fazer compras ou procurar atendimento médico.
Até meados de fevereiro, as autoridades esperam ter vacinado todas as pessoas com mais de 70 anos e os profissionais de saúde (13 milhões de pessoas), graças a uma aceleração da campanha iniciada em 8 de dezembro com as vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca/Oxford.
Com mais de 75.000 mortes, o Reino Unido é um dos dos países da Europa mais afetados pela covid-19 e a tendência se agravou nas últimas semanas, superando 50.000 casos por dia. Na segunda-feira, o país registrou quase 59.000 infecções.