A China colocou em quarentena em instalações do governo mais de 20.000 residentes rurais que vivem no epicentro do mais recente surto de coronavírus do país, enquanto anunciava, nesta sexta-feira (15), seu pior saldo diário da pandemia desde março de 2020.
Pequim havia conseguido controlar o vírus após adotar medidas rígidas, incluindo testes em massa e restrições de movimento. Nas últimas semanas, porém, os números voltaram a subir, especialmente no norte do país, levando a uma nova onda de confinamentos.
A Comissão Nacional de Saúde informou, nesta sexta-feira, a ocorrência de 144 casos de covid-19, principalmente na província de Hebei, onde mais de 22 milhões de pessoas estão confinadas. Este é o mais alto número de infecções por dia desde março do ano passado.
O aumento parece ter sido causado pelas chamadas "infecções silenciosas", ou casos assintomáticos, a maioria nas áreas rurais das periferias das cidades.
Mais de 20.000 moradores de aldeias no entorno de Shijiazhuang foram enviados, desde quarta-feira, para instalações do Estado, noticiou a emissora pública CCTV.
Os residentes ficaram alojados em hotéis, segundo a CCTV, com os membros da família separados em quartos diferentes.
A China anunciou ontem (14) sua primeira morte de covid-19 em oito meses, coincidindo com a chegada de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) a Wuhan para investigar as origens da covid-19. Foi lá que o coronavírus apareceu pela primeira vez, no final de 2019.