A vacina da covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca tem uma "eficácia semelhante" contra a variante altamente contagiosa surgida na Inglaterra e presente agora em dezenas de países, afirmaram nesta sexta-feira (5) os pesquisadores do projeto.
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Análise de ensaios clínicos realizados entre 1º de outubro e 14 de janeiro no Reino Unido mostraram "uma proteção semelhante contra as infecções sintomáticas, apesar de uma menor quantidade de anticorpos", afirmou a universidade britânica em um comunicado.
"A vacina não só protege contra o vírus original da pandemia, mas também protege contra a nova variante B117 que causou o ressurgimento da doença a partir do final de 2020 no Reino Unido", explicou o professor Andrew Pollard, chefe dos ensaios clínicos de Oxford.
No entanto, a universidade não proporcionou dados relacionados às variantes brasileira e sul-africana, que são motivo de preocupação pela sua possível resistência à imunização.
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Nos últimos dias, as autoridades de saúde britânicas também expressaram preocupação com uma nova mutação da variante inglesa que apresenta semelhanças com a variante sul-africana. O Reino Unido administra atualmente as vacinas AstraZeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech, das quais receberam uma primeira dose quase 11 milhões dos 66 milhões de habitantes.
País mais castigado da Europa, com mais de 111.000 mortos, o Reino Unido está atualmente confinado pela terceira vez. A vacina da AstraZeneca foi aprovada para uso por outros países e pela União Europeia. No entanto, alguns países preferiram recomendá-la apenas para os menores de 65 anos, devido aos poucos dados sobre pessoas idosas nos ensaios clínicos.