Nesta quinta-feira (6) e na sexta-feira (7) o espetáculo no céu do Hemisfério Sul fica por conta da chuva de meteoros Eta Aquáridas, com resquícios da passagem do cometa Halley, que vem alcançando seu pico desde o dia 4 deste mês. O fenômeno ficará visível até o dia 28 de maio, mas é agora que ele fica em maior evidência.
"A média estimada são de 40 a 50 meteoros por hora, porém, com a presença da Lua Minguante no céu mas madrugadas do fenômeno, essa média pode cair pela metade. Isso se deve à influencia do luar na atmosfera terrestre que reduzirá a visibilidade de meteoros menos brilhantes", explicou o astrônomo James Solon, em conversa com a reportagem do JC.
Por conta da posição da constelação em relação aos países localizados no Hemisfério Sul, o Brasil - assim como os demais países da América Latina -, tem uma visão privilegiada desta chuva de meteoros. Para observar o fenômeno, portanto, não é necessário equipamento específico.
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A única dica é que, quanto mais escuro o céu estiver, melhor será a observação do Eta Aquáridas. Luzes artificiais, como os postes das cidades, também devem ser evitados. Por isso, caso o observador possa se dirigir até um local mais afastado dos grandes centros urbanos, sem prédios e muita iluminação, a observação será ainda melhor. O pico acontece por volta das 3h.
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Ainda de acordo com o astrônomo, para ver a chuva de meteoros é necessário olhar na direção da constelação de Áquario.
"É a constelação de Aquário que dá nome a chuva de meteoros (Aquáridas), e como ele não é uma constelação comumente conhecida, vocês podem colocar a própria Lua Minguante como referencial, e também os planetas Saturno e Júpiter. Será preciso apenas olhar na área ao redor de onde estão a Lua e os planetas citados para ver no mesmo sentido onde os meteoros aparecerão no céu", revelou.
Resquícios do cometa Halley
Visto pela última vez em 1986, o cometa Halley só passará novamente perto da Terra no ano de 2061, daqui 40 anos. Mesmo assim, é possível, duas vezes ao ano, observar seus resquícios correndo pelo céu.
Todas as vezes que a Terra cruza a trajetória do cometa Halley, ela se aproxima dos "rastros" deixado por este grande fenômeno, que entram na atmosfera terrestre, se desintegram e deixam partículas brilhantes e coloridas pelo céu.
No caso da Eta Aquáridas, este caminho é percorrido entre os meses de abril e maio. Em outubro, a chuva de meteoros Oríonideas também oferece a experiência de observação.