O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, justificou a decisão de deixar o país, neste domingo, 15, após o Taleban chegar à capital Cabul. Em publicação no Facebook, o político explicou que quis evitar um "banho de sangue", à medida que o grupo avança pela nação em meio à retirada das tropas americanas.
Segundo Ghani, os extremistas pretendem atacar a população local e, se o governo decidisse continuar lutando, o resultado seria um "desastre humano" na cidade de 6 milhões habitantes. "O Taleban conseguiu me expulsar e vai atacar todos de Cabul", ressaltou.
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O presidente afirmou que foi forçado a fazer "uma escolha difícil" e acrescentou que, embora tenha conquistado o poder por armas, o Taleban não tem "legitimidade". "É necessário que Taleban garanta a segurança de todas as pessoas, nações, diferentes setores, irmãs e mulheres do Afeganistão para ganhar a legitimidade e o coração das pessoas", ressaltou.A fuga de Ghani acontece no dia em que o grupo fundamentalista chegou a Cabul.
O presidente americano, Joe Biden, enviou mais mil soldados à região para assegurar a evacuação da Embaixada dos Estados Unidos no país. Outras potencias ocidentais, entre elas o Reino Unido, também estão reduzindo a presença na nação.