Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (20), que vão suspender em novembro as restrições de entrada no país pela pandemia de covid-19 para todos aqueles que estejam vacinados e se submetam a testes e rastreamento de contatos. A medida vale para todos os países, inclusive, o Brasil.
Jeffrey Zients, coordenador da resposta ao coronavírus do governo do presidente Joe Biden, disse à imprensa que a medida entrará em vigor "no início de novembro".
A flexibilização das restrições de viagem, impostas há 18 meses por Donald Trump quando começou a pandemia de coronavírus, marca uma mudança significativa por parte de Biden e responde a uma grande demanda dos aliados europeus em um momento de relações diplomáticas tensas.
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O anúncio ocorre em um contexto de grande tensão entre Washington e Paris, após uma aliança estratégica entre Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, que arruinou um acordo de venda de submarinos da França a este último país.
As fronteiras dos Estados Unidos estão fechadas para milhões de viajantes internacionais, inclusive para os vacinados, desde março de 2020, o que causa dolorosas situações pessoais e familiares, assim como uma crescente impaciência particularmente entre os europeus.
A União Europeia (UE) anunciou em 30 de agosto o retorno das restrições às viagens não essenciais ao seu território a partir dos Estados Unidos, embora tenha deixado aos Estados-membros a possibilidade de levantarem a proibição para as pessoas totalmente vacinadas.
Vacinas aceitas nos EUA
Diante da suspensão das restrições, o CDC será consultado para orientar quais serão as vacinas aceitas. No entanto, atualmente, o órgão considera que uma pessoa está totalmente vacinada contra a covid-19 quando ela tomou os imunizantes aprovados para uso emergencial no país, que são os da fabricante Pfizer, da Moderna e da Janssen.
Sobre as demais vacinas aplicadas no Brasil e outros países, o CDC faz uma ressalva apenas sobre a fabricante da AstraZeneca. Segundo o órgão, "a orientação também pode ser aplicada a vacinas contra a covid-19 que foram listadas para uso emergencial pela Organização Mundial de Saúde (por exemplo, a vacina de Oxford/AstraZeneca)".
Imunizantes como a CoronaVac e outras não são citados pela CDC, mesmo que tenham sido aprovados pela Organização Mundial de Saúde.