CORONAVÍRUS

Portugal anuncia restrições devido à ômicron, que avança na Europa

A partir da meia-noite de sábado (25), trabalhar em casa será obrigatório e as discotecas e bares estarão fechados

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Estadão Conteúdo

Publicado em 21/12/2021 às 23:49 | Atualizado em 21/12/2021 às 23:53
Fila para vacinação em Lisboa - PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP

Portugal está reimpondo restrições por conta da covid-19 devido ao receio da ameaça da variante ômicron, apesar de o país ter uma das taxas de vacinação mais elevadas do mundo. Com as novas infecções diárias crescendo de forma lenta, mas constante, e apesar de quase 87% da população estar totalmente vacinada, o governo anunciou nesta terça-feira uma nova série de restrições para os feriados - uma semana antes do planejado, segundo a Associated Press.

O primeiro-ministro António Costa anunciou que a partir da meia-noite de sábado, trabalhar em casa será obrigatório e as discotecas e bares estarão fechados. As medidas estarão em vigor pelo menos até 9 de janeiro. Já um resultado de teste negativo deve ser mostrado para entrar em cinemas, teatros, eventos esportivos, casamentos e batizados durante o período.

Enquanto isso, enfrentando um salto nas hospitalizações, o governo da França está tentando aprovar uma lei que exige a vacinação para entrar em qualquer restaurante e muitos outros locais públicos, e alertando sobre medidas mais duras se o atual surto de infecções não diminuir, de acordo com a Associated Press. O primeiro-ministro francês, Jean Castex, passou o dia se reunindo com prefeitos e legisladores para persuadi-los a apoiar regras mais rígidas sobre vacinas.

De acordo com o El País, a sexta onda da doença está descontrolada em Madri. Foram 11.221 novas infecções no último dia, o maior número registrado em toda a pandemia. Em nenhum momento, desde o início da crise, houve um crescimento tão explosivo de casos, e a variante ômicron já atinge 80% das infecções.

A Universidade de Oxford e a AstraZeneca começaram a trabalhar para produzir uma versão direcionada à ômicron de sua vacina, juntando-se às fileiras de seus colegas que estão estudando o potencial para adaptar as formulações de suas injeções caso sejam necessárias para combater a variante. Questionado sobre a cepa, Sandy Douglas, líder do grupo de pesquisa em Oxford, disse ao Financial Times: "Como muitas variantes anteriores de preocupação, e junto com nossos parceiros AstraZeneca, demos passos preliminares na produção de uma vacina atualizada, caso seja preciso".

 

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