Tensão

Ucrânia pede calma e diz que invasão russa não é iminente

A Rússia nega que esteja planejando uma ofensiva, mas já mobilizou cerca de 100 mil soldados em áreas próximas da Ucrânia nas últimas semanas

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Estadão Conteúdo

Publicado em 25/01/2022 às 10:58
MAIS UM PASSO Escalada na região remete a 2014, quando russos não foram contidos ao anexar a Criméria; agora, Putin quer evitar tropas da Otan próximas a sua fronteira - ANATOLII STEPANOV/AFP

Líderes da Ucrânia tentaram acalmar a população do país com o argumento de que uma temida invasão russa não é iminente, embora reconheçam que a ameaça é real e se preparam para receber um arsenal de equipamentos militares dos EUA nesta terça-feira para fortalecer suas defesas.

A Rússia nega que esteja planejando uma ofensiva, mas já mobilizou cerca de 100 mil soldados em áreas próximas da Ucrânia nas últimas semanas, levando os EUA e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a acelerarem preparativos para uma possível guerra.

Várias rodadas de diplomacia de alto nível falharam em gerar resultados, e as tensões se agravaram nesta semana. Na segunda, a Otan disse que está reforçando sua presença militar na região do mar Báltico e os EUA colocaram 8.500 soldados em prontidão para possível deslocamento para a Europa, como parte de uma "força de resposta" aliada, se necessário.

Os EUA determinaram que familiares de funcionários americanos da embaixada do país em Kiev deixem a Ucrânia. O Reino Unido, por sua vez, está retirando alguns diplomatas e dependentes de sua representação na capital ucraniana.

Ucrânia

Na Ucrânia, por outro lado, autoridades estão tentando projetar calma. Na segunda à noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse que a situação está "sob controle" e que não há "motivo para pânico".

Já o ministro de Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse, também na noite de segunda-feira, 24, que a Rússia ainda não havia formado grupos de batalha, o que indicaria o lançamento de um ataque no dia seguinte.

"Existem cenários arriscados. Eles são possíveis e prováveis no futuro", afirmou Reznikov à emissora de TV ucraniana ICTV na segunda-feira. "Mas hoje...essa ameaça não existe."

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