A Casa Branca tentou, sem sucesso, organizar ligações entre o presidente Joe Biden e os líderes de fato da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, enquanto os EUA buscam construir apoio internacional para combater a invasão da Ucrânia pela Rússia e conter um aumento nos preços do petróleo, segundo fontes dos países envolvidos.
O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e o xeque dos Emirados Árabes Unidos Mohammed bin Zayed al Nahyan recusaram os pedidos dos EUA para falar com Biden nas últimas semanas, disseram as autoridades, já que autoridades sauditas e emiratis se tornaram mais vocais nas últimas semanas em suas críticas da política americana no Golfo.
"Havia alguma expectativa de um telefonema, mas não aconteceu", disse uma autoridade dos EUA sobre a discussão planejada entre o príncipe saudita Mohammed e Biden. "Foi parte de abrir a torneira do petróleo saudita." Os sauditas sinalizaram que seu relacionamento com Washington se deteriorou sob o governo Biden e querem mais apoio para sua intervenção na guerra civil do Iêmen, ajuda com seu próprio programa nuclear civil à medida que o Irã avança e imunidade legal, disseram autoridades sauditas. O príncipe herdeiro enfrenta vários processos nos EUA, incluindo o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018.
ORIENTE MÉDIO
A Casa Branca trabalhou para restabelecer as relações com dois países-chave do Oriente Médio de que precisa, já que os preços do petróleo ultrapassam os US$ 130 o barril pela primeira vez em quase 14 anos. Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos são os únicos dois grandes produtores de petróleo que podem bombear milhões de barris de petróleo a mais - uma capacidade que, se usada, poderia ajudar a acalmar o mercado de petróleo em um momento em que os preços da gasolina americana estão em níveis elevados.
Mas sauditas e emiratis se recusaram a bombear mais petróleo, dizendo que estão aderindo a um plano de produção aprovado entre seu grupo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que inclui a Rússia. A aliança energética com o país, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, aumentou o poder da Opep e, ao mesmo tempo, aproximou Riad e Abu Dhabi de Moscou.