A Coreia do Norte criticou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), neste domingo (9), por aprovar o plano do Japão de despejar água tratada da usina nuclear de Fukushima no oceano.
A AIEA aprovou o plano de Tóquio de despejar água da usina danificada pelo tsunami no mar nas próximas décadas.
O despejo da água tratada terá "um impacto adverso fatal na vida humana, na segurança e no meio ambiente", disse o Ministério de Proteção Ambiental da Coreia do Norte, em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial KCNA.
O plano japonês levantou preocupações entre os países vizinhos, levou a China a proibir a importação de alguns alimentos e gerou protestos na Coreia do Sul.
"O que importa é o comportamento irracional da AIEA, que facilita ativamente o despejo projetado pelo Japão de água contaminada com elementos nucleares, o que é inimaginável", acrescentou o comunicado.
Cerca de 1,33 milhão de metros cúbicos de água subterrânea, água de chuva e água usada para resfriamento se acumularam na usina nuclear de Fukushima, onde vários reatores entraram em colapso após o tsunami de 2011.
A operadora da usina trata a água para remover quase todos os elementos radioativos, exceto o trítio, e planeja diluí-la antes de descartá-la no oceano ao longo de várias décadas.
O diretor da AIEA, Rafael Grossi, conclui sua visita de três dias a Seul com uma reunião com legisladores da oposição que criticaram os planos de despejo da água.
Grossi se reuniu com o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Park Jin, no sábado para informá-lo sobre as descobertas de sua agência, informou o ministério em comunicado. Park pediu "a cooperação ativa da AIEA para verificações de segurança e garantias ao público", acrescentou.
Grossi garantiu que a AIEA permanecerá na usina de Fukushima para garantir a segurança "em todas as etapas" do processo.