GUERRA

Israel bombardeia Gaza e evacua cidade próxima ao Líbano, antes de possível ofensiva por terra

Mais de um milhão de pessoas foram deslocadas em Gaza, muitas das quais seguindo a determinação de Israel

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Da Redação com agências

Publicado em 20/10/2023 às 9:15
Bombardeio israelense no norte da Faixa de Gaza. Milhares de pessoas, tanto israelenses quanto palestinos, morreram desde 7 de outubro de 2023 - ARIS MESSINIS/AFP

Israel bombardeou Gaza na manhã desta sexta-feira, 20, atingindo áreas do sul onde palestinos foram instruídos a buscar segurança, e começou a evacuar uma grande cidade israelense ao norte, perto da fronteira com o Líbano, em mais uma indicação de que poderá lançar uma ofensiva por terra em Gaza.

Palestinos relataram pesados ataques aéreos na cidade de Khan Younis, no sul do território. Militares israelenses, por sua vez, disseram ter atingido mais de 100 alvos em Gaza ligados ao grupo extremista palestino Hamas, incluindo um túnel e depósitos de armas.

Na quinta-feira (19), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, ordenou às tropas terrestres que se preparassem para ver Gaza "por dentro", sugerindo uma possível ofensiva terrestre, quase duas semanas após os violentos ataques do Hamas contra Israel.

Mais de um milhão de pessoas foram deslocadas em Gaza, muitas das quais seguindo a determinação de Israel de que a parte norte do enclave fosse evacuada.

Já Israel evacuou suas próprias comunidades perto de Gaza e do Líbano, alojando residentes em hotéis em outras partes do país. O Ministério da Defesa anunciou planos de evacuação nesta sexta em Kiryat Shmona, cidade com mais de 20.000 habitantes próxima à fronteira com o Líbano.

'Maioria' dos reféns em Gaza 'está viva', diz Exército israelense

O Exército israelense afirmou, em um comunicado divulgado nesta sexta-feira (20), que "a maioria dos reféns" sequestrados pelo Hamas "está viva". "Dos aproximadamente 200 reféns que se encontram atualmente detidos na Faixa de Gaza, mais de 20 são menores de idade, entre 10 a 20 têm mais de 60 anos, e a maioria deles está viva", afirmaram os militares na nota.

Segundo a mesma fonte, os islamistas palestinos também levaram corpos para a Faixa de Gaza após o ataque sangrento que lançaram na madrugada de 7 de outubro em solo israelense.

Cerca de 100 a 200 israelenses são agora considerados "desaparecidos" desde o ataque, em comparação com 3 mil no primeiro dia da guerra. "Este número diminuiu consideravelmente", confirmou o Exército.

"Atualmente, o Exército israelense continua realizando operações para encontrar e localizar os corpos perto da Faixa de Gaza", disse o porta-voz.

Mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense por milicianos do Hamas desde 7 de outubro, a maioria civis baleados, queimados vivos ou mutilados no primeiro dia do ataque de combatentes do movimento islâmico palestino a partir de Gaza, segundo as autoridades israelenses.

Segundo o Exército de Israel, cerca de 1.500 combatentes do Hamas morreram na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controle das áreas atacadas.

Na Faixa de Gaza, 4.137 palestinos, a maioria civis, morreram em bombardeios de retaliação implacáveis do Exército israelense, segundo o Ministério da Saúde do Hamas em Gaza.

Com informações da AFP e do Estadão Conteúdo

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