O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou neste sábado, 28, em entrevista coletiva que o país trava uma "guerra longa" na Faixa de Gaza. "Não será uma guerra curta", disse ele, durante entrevista coletiva do governo, com a presença do premiê Benjamin Netanyahu. O próprio Netanyahu falou em uma guerra "longa e difícil".
O premiê ressaltou a importância de se "derrotar este inimigo cruel" e afirmou que "nunca mais" Israel pode sofrer um ataque como o de 7 de outubro.
Israel expandia neste sábado sua operação em solo na Faixa de Gaza, ao enviar tanques e infantaria, apoiados por ataques massivos por ar e mar. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que "o chão tremeu em Gaza" e que a guerra contra o Hamas havia entrado em uma nova fase.
O bombardeio, descrito por moradores de Gaza como o mais intenso até agora na guerra, derrubou a maioria das comunicações na área, um enclave com 2,3 milhões de habitantes. Militares israelenses divulgaram imagens neste sábado que mostravam colunas de tanque avançando lentamente em áreas abertas de Gaza, muitas aparentemente próximas da fronteira, e informaram que aviões bombardearam dezenas de túneis do Hamas e bunkers no subsolo.
"Nós passamos para o próximo estágio na guerra", afirmou Gallant, em declarações veiculadas neste sábado. "A campanha continuará até segunda ordem", afirmou. Anteriormente, Israel havia concentrado centenas de milhares de soldados ao longo da fronteira.
O número de mortos em Gaza neste sábado superou 7.700 desde 7 de outubro, com 377 mortes reportadas desde a noite da sexta-feira, segundo o Ministério da Saúde do território. A maioria das vítimas é de mulheres e menores de idade, diz a pasta.
Israel afirma que os ataques são contra combatentes do Hamas e infraestrutura do grupo e acrescenta que os militantes operam entre os civis, deixando-os em risco. Fonte: Associated Press.