A defesa do ex-presidente dos EUA e candidato à Casa Branca novamente, Donald Trump, informou à Justiça ontem que ele não pode depositar os US$ 464 milhões (R$ 2,33 bilhões) estabelecidos como fiança por sua sentença - multa de US$ 355 milhões acrescida de juros - por fraude fiscal em Nova York.
"Obter uma fiança de US$ 464 milhões é impossível dadas as circunstâncias", afirmam os advogados em um documento de 250 páginas apresentado ao tribunal, no qual apontam a possibilidade de que o magnata, que construiu sua fama no setor imobiliário nova-iorquino, sofra uma crise financeira a menos que a Corte de Apelações intervenha a seu favor.
A fiança é uma garantia de que o republicano pagará qualquer sanção que lhe seja imposta no caso de falha em seu recurso de apelação. Normalmente, deveria ser subscrita por uma seguradora ou uma empresa de fianças especializada.
A defesa informou, porém, que após rastrear o mercado, não obteve sucesso para obter uma fiança no valor da sentença. Ela alegou que se trata de uma "impossibilidade prática".
O juiz instrutor do caso, Arthur Engoron, condenou em 16 de fevereiro o ex-presidente e seus dois filhos mais velhos, Donald Jr. e Eric Trump, a pagar US$ 355 milhões (R$ 1,78 bilhão) por inflar o valor de suas propriedades para obter juros mais favoráveis em empréstimos e seguros.