JC
Publicado em 05/10/2020 às 13:25
Setembro foi o mês com menor número de pacientes que desenvolveram síndrome respiratória aguda grave (srag) em decorrência da covid-19 na capital pernambucana. Ao todo, foram 68 casos, contra os 199 registrados em agosto. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (5) pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio. Segundo a gestão, se comparado ao número do mês de abril, quando foram registrados 4.195 casos graves do novo coronavírus, houve uma redução de 98,5%.
A cidade já vinha apresentando queda nos dados relacionados à pandemia há alguns meses. Em agosto, por exemplo, a redução dos casos graves chegou a 66%. O prefeito do Recife atribuiu a queda à prevenção, como o distanciamento social e outras medidas como uso de máscara. "Precisamos continuar o trabalho de prevenção. Essa é uma conquista coletiva, de todos que vêm tomando os devidos cuidados. Com o número menor de doentes graves, a gente pode seguir o plano de reabertura, retomando as atividades normais em nossa cidade", relata.
Ao todo, foram construídos sete hospitais de campanha na capital pernambucana, que realizaram 18.500 atendimentos, mais de 6.300 internações e mais de 3.200 altas médicas. Com os números em queda, seis hospitais foram desmobilizados, totalizando 753 leitos. Atualmente o município possui 275 leitos ativos, sendo 110 UTIs e 165 enfermarias, com 113 pacientes internados (54 em enfermaria e 59 em UTI). O único hospital de campanha que permanece aberto é o Provisório Recife 1, localizado na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, área Central.
Nesta segunda-feira (5), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou 37 novos casos da covid-19 em Pernambuco, sendo oito de srag e 29 leves. O Estado totaliza 149.454 casos confirmados, sendo 26.376 graves e 123.078 leves. Também na data foram confirmados sete óbitos, ocorridos desde 26 de abril. Pernambuco já perdeu 8.340 pessoas por causa do novo coronavírus. Com isto, Pernambuco completa trinta dias em queda ou em estabilidade de novos casos da covid-19, a maior sequência registrada desde o início da pandemia, em março de 2020.
Esta sucessão desbancou a última, de 29 dias, que ocorreu entre 6 de agosto e 3 de setembro. Assim, a última vez que o dado esteve em alta foi no dia 5 de setembro, quando a média móvel — média dos últimos sete dias, considerada como o melhor meio de medir o avanço da enfermidade em um local — registrou 26% de aumento no número de infectados. A análise é feita a partir dos números divulgados diariamente por boletins da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).