Com informações de Leonardo Vasconcelos, da TV Jornal
Após um acidente tirar a vida da sua esposa na última quarta-feira (28) de forma trágica na Estrada de Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife, o marido da vítima, que teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no sábado (31) contou, nesta terça-feira (3), detalhes do que aconteceu antes e depois da tragédia e pediu justiça pela morte da mulher. O casal completaria trinta anos de casados no próximo mês.
Ainda tentando assimilar a notícia, Manoel Flávio de Lima, de 56 anos, explicou que voltava de carro, veículo Fiat Uno, do sítio da família na companhia da esposa, Josefa Cecília dos Santos Lima, de 49 anos, e a sua irmã de criação, Joanita Barbosa, de 55 anos, quando o veículo, ao passar nas imediações do quilômetro 4,5 foi atingido por uma caminhonete Hilux, que invadiu a contramão e bateu no carro. Joanita foi socorrida com escoriações, enquanto Josefa Cecília, que também era conhecida como professora Ceci, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
"Após ficar preso pelo cinto de segurança toquei nela e ela deu o último suspiro. Foi nesse momento que eu vi que ela estava morta. Para mim, o mundo acabou naquela hora. Eu só pensava nas minhas filhas, porque, por mim, eu nem estaria vivo, mas como tenho duas filhas tinha que ser forte para tentar superar e tomar conta delas", explicou Manoel.
No vídeo gravado, é possível observar o momento exato em que a Hilux que seguia no sentido contrário, invade a outra via na contramão. O motorista do veículo menor ainda tenta desviar, mas não consegue evitar a colisão.
De acordo com Guardas Municipais, o condutor da Hilux, Francisco de Lima Filho, tentou fugir do local e apresentava sinais de embriaguez quando foi abordado. Ele foi detido e levado para uma delegacia, onde prestou depoimento e foi solto após pagar fiança arbitrada em 200 salários mínimos, que equivale a cerca de 209 mil reais, e teve a liberdade provisória concedida. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar, além de lesão corporal.
A família está revoltada com a morte da mulher e o genro da vítima, que é advogado, pede para que a tipificação do crime seja alterada para homicídio doloso, que é quando há intenção de matar.
"Confio na justiça, mas quero que ela faça com que ele pague pelo que fez, porque não quero que outra família passe pelo que estou passando. Eu vou passar o resto da minha vida vendo esse momento
quero que ele seja punido pelo que fez", desabafou o marido.