Espécie ameaçada em extinção, o cavalo-marinho vai ser objeto de estudos para garantir sua preservação em Pernambuco. Um acordo que vai garantir o monitoramento da área de estuário da região de Suape, no Litoral Sul do Estado, foi firmado entre o Complexo de Suape e Instituto Hippocampus, entidade sem fins lucrativos dedicada à conservação do animal há mais de 25 anos. A partir do convênio, o parque industrial vai investir um aporte de R$ 299.957,19 para o instituto.
A pesquisa vai possibilitar o embasamento de políticas públicas ambientais que garantam condições de sobrevivência à espécie, assim como a implementação de ações concretas de preservação.
A coordenadora da entidade, Rosana Beatriz Silveira, explica que, por enquanto, mantém as pesquisas com grupos de reprodutores (plantel) de Maracaípe, cujos filhotes são soltos em Maracaípe. “Em Suape, vamos estudar se há presença da espécie, em que quantidade e se a população está estável ou não. Vamos traçar o perfil do animal e verificar a salinidade e temperatura da água. E coletar os plantéis locais, devolvendo os filhotes para seu habitat. Temos boas perspectivas para esse monitoramento que poderá servir de base para outros locais”, detalhou.
Os resultados do monitoramento será apresentado ao final do estudo, em um workshop voltado para a necessidade de políticas públicas de preservação da espécie. Deverão participar do encontro entidades da administração pública como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e prefeituras locais.