Oito pessoas são presas em operação da polícia que fiscalizou comércio de sucata no Grande Recife

A Operação Tentáculos investigou e recuperou materiais furtados de empresas como a Celpe e o Consórcio Grande Recife
JC
Publicado em 02/12/2020 às 18:38
Na tarde desta quarta-feira (2), os detalhes da Operação Tentáculos foram divulgados. Na foto, da esquerda para a direita: tenente coronel Darlan Bartolomeu da Silva, Chefe da Seção de Operações da Diretoria de Planejamento Operacional da PMPE; delegado Antônio Barros, Diretor da DIM; Major Castro, comandante das ações do CBMPE; e Rafael Mota, representante da Celpe. Foto: DIVULGAÇÃO


Oito pessoas foram presas, um estabelecimento foi interditado e outros 23 foram notificados durante a segunda fase da Operação Tentáculos, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, na manhã da última terça-feira (1º). A operação, realizada no Recife e Região Metropolitana, fiscalizou estabelecimentos que comercializavam sucatas e materiais como cobre, placas de alumínio, condensadores de ar e outros, em busca de itens que pudessem ter sido furtados. Além da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Científica, empresas de telefonia, o Consórcio Grande Recife e a Celpe colaboraram com a operação, que teve os detalhes divulgados na tarde desta quarta-feira (2). 

"A Operação Tentáculo é uma ação não só de repressão, mas também de educação. São empresas, comércios que negociam com sucata, infelizmente de forma irregular. Há um número crescente, desde o início do ano, de ocorrência de furtos de diversos materiais, como cobre, de comunicação de telefonia, de estações do BRT. Esse tipo de ação atende uma demanda da Secretaria de Defesa Social, da Polícia Civil e todos os órgão integrados. É a segunda ação que realizamos e os resultados têm sido substanciais", disse o delegado Antônio Barros, diretor da DIM.

Segundo o delegado, na primeira fase da operação, só da Celpe foram recuperados R$ 350 mil em materiais. "Nesta segunda fase houve diminuição do número de materiais apreendidos, apesar do número de prisões ter sido grande. A gente já verifica que as empresas estão agindo de forma irregular já estão com mais receio. O sucesso da operação para nós não é fazer prisões e apreensões, é chegar numa operação e ter resultado zero porque queremos regularização por parte das empresas, que elas se adequem às leis e possam realmente agir de forma lícita", completou. 

Na execução da Tentáculos, foram apreendidos 53,6 kg de cabos de alumínio e cobre, três luminárias em led e um divisor de sinal de TV, mas não foram encontrados nenhum material das operadoras de telefonia, do Consórcio Grande Recife ou outras empresas. A operação se deu em cinco pontos dos bairros da Imbiribeira, Ibura e Boa viagem, na Zona Sul do Recife, seis pontos de Afogados, Jiquiá e San Martin, na Zona Oeste da capital pernambucana, nove pontos da Muribeca, Prazeres, Cajueiro Seco e Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, três pontos de Fragoso e Rio doce em Olinda e dois pontos de Arthur Lundgren, em Paulista.

O furto desses materiais acarreta em prejuízo não apenas para as empresas que utilizam os recursos para fornecer seus serviços, mas também para a sociedade, prejudicada com a interrupção de serviços de comunicação, de iluminação e transporte, por exemplo. 

As investigações da operação tiveram início no mês de setembro, com o objetivo de identificar estabelecimentos que estariam recebendo objetos furtados do Consórcio Grande Recife, da Celpe e de operadoras de telefonia. Os materiais furtados com maior frequência são aço, ferro fundido, cobre, chumbo, inoxidáveis, polietileno e PVC, além de compressores de ar condicionado. Nesta fase da operação, foram identificados pela Polícia Civil 25 estabelecimentos comerciais no Recife e Região Metropolitana, suspeitos de adquirir ilegalmente estes materiais. 

Seis pessoas foram liberadas após o pagamento de fiança, duas foram liberadas sem fiança (por meio de portaria) e outras duas foram apresentadas à audiência de custódia. As pessoas presas na Operação Tentáculos respondem pelos crimes de receptação e furto de energia. "Quem comete furto de energia é preso, autuado em flagrante e só pode ser liberado mediante pagamento de fiança", frisou o delegado. 

 

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