A histórica cidade de Olinda é homenageada, nesta quarta-feira, como a capital de Pernambuco e do Brasil. Palco de importantes acontecimentos desde sua fundação, em 1535, a Marim dos Caetés recebe o título oficial todos os anos no dia 27 de janeiro, por causa do aniversário da Restauração Pernambucana, movimento que contribuiu para o fim de 24 anos de ocupação holandesa no Nordeste brasileiro em 1654.
O município ganhou o status de capital simbólica de Pernambuco desde 2003, graças à Lei nº 12.500, de autoria da deputada estadual Teresa Leitão (PT). Já o título de capital do Brasil foi concedido em 2010 pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, em 13 de julho de 2010, Lula sancionou a Lei nº 12.286. Assim, de acordo com as duas determinações, a cada 50 anos, durante as comemorações da Restauração Pernambucana e Nordestina, o Prefeito e a Câmara de Vereadores da cidade são considerados prefeito e Câmara Mor de Pernambuco e do Brasil.
Restauração Pernambucana
Em 2021, a Restauração Pernambucana completa 367 anos. O movimento é considerado o primeiro passo de afirmação do sentimento da nacionalidade brasileira, consistindo no marco inaugural da consolidação da identidade nacional.
Segundo registros da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), durante a permanência dos holandeses no Nordeste, as elites política e a população de Olinda tomaram consciência de que nossas terras tinham construído uma nação que não era Portugal, Espanha, nem Holanda; era Brasil.
Reagindo à ocupação, os antigos membros do Senado de Olinda montaram e armaram um exército formado por cotas raciais: tropas de negros comandadas por um negro, Henrique Dias; tropas de índios comandadas por um índio, Felipe Camarão; e tropas de brancos comandadas por um branco, André Vidal de Negreiros. Com tal exército, o grupo político de Olinda desencadeou e comandou a guerra de reconquista, finda em 1654.