Com informações de Mônica Ermírio, da TV Jornal
Esta terça-feira (2) está sendo o dia do vendedor Geovani Trindade tentar contabilizar os prejuízos que uma explosão de gás de cozinha causou nessa segunda-feira (1º) na residência dele. O homem mora com a esposa e três filhos na parte de cima da casa, localizada na Rua Campos Floridos, em Santo Amaro, na área central do Recife, onde houve o acidente.
Sem poder voltar para a casa e sem portar os documentos pessoais, o homem está preocupado, porque, de acordo com ele, a Defesa Civil o informou de que os custos da avaliação técnica de um engenheiro terão que ser pagos pela família.
"A gente faz tudo com tanto esforço para ter tudo, mas nesse caso não temos condições de contratar um engenheiro, que deve ser caríssimo, só para analisar a situação e colocar ferragens", declarou o homem.
De acordo com a Defesa Civil, o imóvel que a família mora terá que ser demolido. "A recomendação da Defesa Civil é de que a residência seja demolida. Inicialmente colocando um escoramento, a fim de evitar um desabamento, e em seguida os responsáveis do imóvel vão ter que executar a demolição", falou a chefe de divisão do órgão, Gizeli Vieira.
Acidente
O acidente se deu quando, por volta das 12h, a irmã de Geovani, de 40 anos, tentou trocar o botijão de gás e foi surpreendida por um vazamento. Ela pediu socorro à vizinhança, mas antes que os moradores pudessem ajudar, houve a tragédia. A mulher e mais dois vizinhos ficaram feridos.
De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), uma unidade de suporte avançado e um veículo de intervenção rápida foram enviados até o local. Eles atenderam um dos vizinhos, que não precisou ser levado para unidade de pronto atendimento.
Já as outras duas vítimas, a mulher e um homem de 39, foram encaminhados para o Hospital da Restauração, também na área central do Recife, pelo Corpo de Bombeiros. A irmã do vendedor já recebeu alta e se recupera na casa de parentes.
Assim como a irmã, a esposa e os filhos do vendedor também estão na casa de familiares. Agora, o que resta é a preocupação de como vão recuperar seus pertences.
"A gente tem que primeiro analisar essa situação de ferragens, de engenheiro, porque a gente não pode subir nem para pegar os documentos que ficaram lá em cima", concluiu o vendedor.