A Polícia Civil de Pernambuco, em conjunto com a Polícia Federal, desencadeou, nesta segunda-feira (29), a Operação 'Crepitus', com o objetivo de identificar e desarticular integrantes de uma associação criminosa voltada à prática de roubo qualificado. Foram cumpridos quatro mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Recife.
De acordo com a polícia, foi recuperado ao longo das investigações o valor roubado de um comerciante no Ceasa, além de dois carros com queixa de roubo. Um assalto a um carro forte na cidade de Bezerros também foi evitado.
A investigação foi iniciada em novembro de 2020, após uma tentativa de assalto a carro-forte no Atacadão localizado na BR-101, na Iputinga. "A operação decorreu nesse tempo e parte da quadrilha foi presa no último dia 16 de março. Conseguimos monitorar esse pessoal que atua em todo o Estado de Pernambuco, com roubos a carros-fortes mediante utilização de explosivos. Identificamos a associação criminosa e desde então seguíamos eles diariamente e mapeamos os locais que eles iam e os veículos. No últimos dia 16, interceptamos eles após roubo a um comerciante da Ceasa e conseguimos apreender veículos utilizados na ação, vestimentas e características que evidenciaram que eles praticaram o crime", explicou o delegado Luiz Alberto Braga.
A Delegada Stephanie Almeida explicou a ação no Ceasa que culminou na prisão dos suspeitos. "Recebemos informação da inteligência de que eles iriam cometer o roubo a um comerciante no Ceasa. Fomos ao local, nos espalhamos e conseguimos prendê-los em flagrante logo após o roubo, com duas armas de fogo, a quanti subtraída da vitima e carro roubado. Eles estavam sendo monitorados desde novembro", explicou.
Tentativa de assalto
Em novembro passado, criminosos tentaram assaltar um carro-forte e atearam fogo em um veículo no estacionamento de um supermercado no bairro da Iputinga por volta das 18h. Três vigilantes ficaram feridos na troca de tiros com o grupo, que conseguiu fugir.
Os criminosos, que estavam em um carro, teriam aguardado no estacionamento a entrada do carro-forte. Assim que o veículo chegou, eles atearam fogo em um carro para bloquear a passagem e colocaram explosivos no para-brisa do carro-forte, mas o motorista acelerou. Em seguida, o grupo iniciou uma troca de tiros e fugiu, sem conseguir levar nada.
"Houve uma troca de tiros muito intensa, envolvendo também os vigilantes do supermercado. Nos passaram que foram de quatro a cinco homens, mas acredito que foram mais", explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transporte de Valores e Escolta Armada de Pernambuco (Sindfort-PE), Cláudio Mendonça, na época.