Uma mulher matou o marido com um golpe de faca em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, nesse domingo (25). Ela chegou a ser detida pela polícia e levada para delegacia, mas foi liberada, já que, no entendimento do delegado que deu início às investigações do caso, tratou-se de legítima defesa.
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A mulher relatou que estava na cozinha de casa, quando começou a ser agredida, e esfaqueou o marido, em um momento de raiva. "Eu entrei em casa, e ele ficou na área de fora, bebendo, como sempre ficava. Eu reclamei, disse para ele deixar de beber um pouco. Logo depois, ele estava na cozinha puxando meus cabelos, me arrastando e dando socos no meu rosto. Eu pedia para não estar com ele na delegacia, mas antes estivesse, porque nada disso teria acontecido", relatou à TV Jornal Interior.
O delegado Bruno Machado disse que os fatos levam a polícia a acreditar que a mulher agiu para se defender. "Realmente, parece que a suspeita usou o meio necessário para repelir a injusta agressão que sofria. Foi realmente um único golpe. O instrumento utilizado, a princípio, não é comumente utilizado para quem quer cometer um homicídio, uma vez que a faca utilizada foi uma faca de pão. Não foi facão, peixeira, uma faca de maior potencial ofensivo. Então, a princípio, num primeiro momento, nos parece ser legítima defesa", disse.
De acordo com a apuração da TV Jornal Interior, a mulher não irá perder a guarda dos filhos, mas uma equipe multidisciplinar deve acompanhá-los. Segundo a mulher, o companheiro costumava agredi-la na frente dos filhos de 9 e 10 anos.
"Não se vislumbra aqui, até então, um perigo que ela possa oferecer aos filhos. Diante do fato de ter acontecido todo esse trauma para eles e que não deve ter sido o primeiro como está sendo apurado ela já vinha sendo agredida é possível que se peça o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como psicólogo, pedagogo, para superar esses traumas que eles vinham presenciando", explicou a advogada Priscila Fernandes.
A Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para apurar o caso. A mulher deve responder em liberdade.