Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
TRANSPORTE PÚBLICO

Moradores da zona rural de Caruaru soltam fogos de artifício após reconquistarem linha de ônibus

De acordo com os moradores, a comunidade antigamente era atendida por uma linha de ônibus. De um tempo pra cá, no entanto, nenhum transporte público passava pelo local

Cadastrado por

Vanessa Moura

Publicado em 21/10/2021 às 12:03 | Atualizado em 21/10/2021 às 14:31
Com a ausência do transporte público, os moradores precisavam tomar alternativas para se locomoverem até o centro de Caruaru; muitos deles iam andando - Reprodução/TV Jornal Interior

A festa foi grande na comunidade de Agreste de Pau Santo após os moradores conquistarem algo que já deveriam ter há muito tempo: um transporte público. Os moradores do local, que fica a cerca de 25 km do centro de Caruaru, Agreste pernambucano, tiveram que lutar para serem atendidos por uma linha de ônibus. E quando o transporte chegou, a reação não pôde ser outra, eles soltaram até fogos de artifício. 

Assista reportagem da TV Jornal Interior na íntegra: 

 

Nesta quinta-feira (21), a espera finalmente chegou ao fim com a chegada do primeiro ônibus. "Hoje amanhecemos o dia com resposta positiva. Às 8h, o ônibus voltou, depois de uma luta muito grande", comentou o estudante Guilherme Wanderley, que mora no local.

De acordo com os moradores, a comunidade antigamente era atendida por uma linha de ônibus. De um tempo pra cá, no entanto, nenhum transporte público passava pelo local. Com essa ausência, as pessoas precisavam encontrar alternativas para se locomoverem.

Dona Estefânia da Silva, por exemplo, gastava cerca de R$ 80 em carros por aplicativo para ir e voltar do Centro de Caruaru, quando precisava fazer compras ou ir ao médico. "Era luta, para ir ao médico eu pagava R$ 80. É um dinheiro que faz falta, né?", contou a aposentada. 

Já a agricultora Severina Lima, que não dispunha da quantia para pagar um carro por aplicativo, fazia o trajeto de mais de 30 minutos a pé. "Era terrível. A gente precisa ir pra Caruaru fazer feira, ir ao médico e não tinha ônibus. Tem aposentado que pagava até R$ 150 pra ir pra lá, o povo se aproveita. E eu que não tenho condições tinha que ir a pé". 

A falta do transporte afetou também as crianças e adolescentes da comunidade, que sem conseguir ir à escola, precisavam estudar de casa, mesmo após ter voltado o ensino presencial em Caruaru. Agora, todos poderão voltar aos seus compromissos. 

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