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Esgoto a céu aberto e falta de saneamento básico: moradores reclamam de insalubridade em Paulista após obra da Compesa

Os motoristas também passam com dificuldades pelo trecho mais crítico da Avenida Agamenon Magalhães no bairro de Sítio do Fragoso, devido a lama e água suja

Cadastrado por

JC

Publicado em 10/11/2021 às 13:18 | Atualizado em 11/11/2021 às 11:37
Moradores reclamam de esgoto a céu aberto no bairro de Sítio Fragoso, em Paulista. - Reprodução/TV Jornal

Com informação da TV Jornal

O esgoto corre a céu aberto pelo trecho da Avenida Agamenon Magalhães, no bairro de Sítio do Fragoso, em Paulista, no Grande Recife. Carros e motocicletas passam com dificuldades pelo trecho mais crítico da via, devido a lama e água suja. Afogados pela insalubridade, iminente risco de doenças e mau cheiro, os moradores da localidade reclamam que o problema já existe há cerca de 15 anos, mas que tem se agravado após uma obra da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) próxima ao local.

>> O acesso à água e ao saneamento é fundamental

 

 

"Eles [Compesa] começaram a fazer uma obra aqui para o esgoto das casas e pararam. Aí o povo aproveitou e instalaram coisas dentro dessa obra inacabada e agora o esgoto está estourando pelo rua", relata o motorista Walmir de Sá.

 

Veículos e pedestres precisam passar pela água suja no trecho da Avenida Agamenon Magalhães, no bairro de Sítio Fragoso, em Paulista. - Reprodução/TV Jornal

Quando chove, a água suja invade as casas no bairro de Sítio Fragoso, em Paulista. - Reprodução/TV Jornal

Moradores reclamam de esgoto a céu aberto no bairro de Sítio Fragoso, em Paulista. - Reprodução/TV Jornal

 

Quem mora na área relata que tem convivido com a falta de saneamento básico. O esgoto gera problemas também ao invadir as canaletas - recurso que deveriam auxiliar no escoamento das águas pluviais, mas estão entupidas por dejetos -. A dona de casa Selma Santos sofre e está preocupada com as proximidades das festas de fim de ano, porque o cartão de visita da casa é o lamaçal de esgoto bem na porta.

A moradora também disse que tenta há dias resolver com a Compensa e com a prefeitura, mas não consegue. "A Compensa veio aqui e disse que o problema é resolvido com Paulista. A prefeitura disse que vinha aqui em 15 dias e até agora nada. Eu fico com vergonha de receber alguém aqui na minha casa”, reclama a dona de casa.

Quando chove, a rua alaga e, sem ter para onde escoar, a água suja invade as casas. A também dona de casa Janice Maria é uma das moradoras prejudicadas com o esgoto e os alagamentos. "A gente precisa sair de casa para resolver as coisas e tem que colocar o pé nessa água podre”, afirma.

Em nota, a prefeitura de Paulista, por meio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, informou que fará uma vistoria técnica, em até sete dias, na via. Segundo a gestão, a análise da área afetada será para  verificar se a responsabilidade do serviço cabe ao município ou à Compesa.

Ao JC, a Compesa disse que ainda não opera sistema de esgotamento sanitário na área, mas que já atuou em trecho dessa avenida, implantando tubulações de esgoto, no entanto a obra não foi concluída e o sistema não está em operação. "A questão mencionada pelos moradores pode estar relacionada a ligações irregulares de esgoto na rede de drenagem, situação que pode estar provocando o extravasamento exibido nas imagens", informou o órgão em nota.

A Companhia disse ainda que enviará uma equipe ao local para verificar se há, no trecho da rede de esgoto já implantada, algum ponto de ligação clandestina nas tubulações já assentadas, mas ainda inoperante. Com previsão de conclusão no segundo semestre de 2022, a obra de implementação de esgoto na localidade deve beneficiar os bairros Sítio Fragoso, Torres Galvão e Tabajara, contemplando 38.185 pessoas com coleta e tratamento de esgoto. O empreendimento recebe investimentos da ordem de R$ 15 milhões.

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