O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire, esclareceu em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (12) que a morte da menina Beatriz Mota, numa escola privada de Petrolina, há seis anos, ocorreu após escolha aleatória do suposto assassino, que buscava dinheiro para deixar a cidade sertaneja, na qual estava transitoriamente. Diferente do que vinha sendo noticiado ao longo dos últimos anos, a criança, segundo o secretário de Defesa Social foi alvo de 10, e não 42 facadas; sendo morta por, ao ter contato com o criminoso, ter se desesperado e sido silenciada.
- Caso Beatriz: Estado encontra autor do crime e o apresenta nesta quarta-feira
- Suspeito do assassinato de Beatriz já estava preso por outros crimes; entenda
- Quem é o homem que assassinou Beatriz?
- Caso Beatriz: suspeito de assassinato foi encontrado através de análise de DNA
- Peritos compararam o DNA na faca usada para matar Beatriz com o de 125 suspeitos; saiba quem é apontado como autor do crime
- 'Se foi feito o DNA e deu positivo, outros elementos precisam ser confirmados', dispara Lucinha Mota sobre a identificação do suspeito de matar Beatriz
- Homem que confessou a morte da menina Beatriz trabalhou como ajudante de pedreiro e tem várias passagens pela polícia
- Mãe da menina Beatriz é impedida de acompanhar coletiva de imprensa sobre suposto assassino da filha: "É desumano"
- Ao vivo: polícia detalha quem é assassino da menina Beatriz, morta em Petrolina
"O acusado tem um histórico de crime sexual contra menor, está preso por crime dessa natureza em 2017. durante seu interrogatório, ele menciona que transitou no local, teve contato com algumas pessoas e quando teve contato coma vítima, após um breve contato, conversa, ela teria se assustado, desesperado; e a motivação foi silenciar ela, porque (ele) ficou preocupado que houvesse um revés", esclareceu Humberto Freire.
Ainda segundo o secretário, o homem que agora é apontado como autor do crime, o presidiário Marcelo da Silva, de 40 anos, entrou na escola em busca de dinheiro. "Ele disse que em algum momento teve dificuldade, mas conseguiu acessar a área e circulou As próprias imagens revelam essa dinâmica, culminando a ter contatos com a vítima no momento em que, após essa breve conversa, (a esfaqueou) para silenciá-la após esse susto, essa ação dela", complementa.
O número de facadas, que caiu de 42 para 10, conforme o secretário, deve-se à explicação de que há o registro de 42 fotografias de posições diferentes das facadas, que, na verdade, foram totalizadas em 10. "É normal em laudos dessa natureza", ponderou.
Nesta terça-feira, o blog de Jamildo revelou em primeira mão que a Polícia Civil de Pernambuco finalmente conseguiu chegar ao suspeito do crime contra a menina Beatriz, assassinada aos 7 anos na escola particular em que estudava, na cidade de Petrolina, Sertão do Estado, no dia 10 de dezembro de 2015.
Segundo a explicação da SDS, Beatriz foi escolhida de forma aleatória, próximo ao local onde foi encontrada morta. Apesar do histórico de crimes de natureza sexual do acusado, neste caso, não há indícios de violência sexual contra a criança.
O suspeito não teve ajuda para praticar o crime, entrando e saindo da escola sozinho, com a faca usada no crime, que já lhe pertencia. Essa faca, inclusive, foi usada para a coleta de informações genéticas do suspeito.
A Secretaria de Defesa Social diz ter realizado a primeira coleta, incluindo no banco de dados do Estado já em 2019, mas para ter a certeza cabal do "match" do material coletado na faca do crime e do próprio suspeito, uma novo cruzamento havia sido realizado ainda na semana passada.
"Todas as possibilidades forma exploradas na investigação, temos a motivação alegada se coadunando com a dinâmica dos fatos, de que ao haver contato do assassino com a vítima, a vítima teria se desesperado e por isso foi sofrida a golpes de facas. Essa é a motivação alegada", afirmou.
Embora o suspeito tenha sido identificado, o Ministério Público, presente à coletiva, devolveu os autos do inquérito policial e, por ora, não apresentou denúncia ou optou pelo arquivamento do caso, na espera de novas perícias para conclusão.