Este sábado (4) marca uma semana do início de uma das maiores tragédias que Pernambuco já viveu. As fortes chuvas, combinadas a falta de infraestrutura e de obras de prevenção, causaram 128 mortos no Grande Recife e na Zona da Mata, deixando também milhares de desabrigados. As vítimas fatais tiveram nomes revelados após cobranças do JC e pressão da sociedade.
As chuvas devem continuar, porém com uma intensidade menor do que na semana passada. Apesar disso, a Agência Pernambucana de Águas e Clima - Apac ainda chegou a publicar um aviso meteorológico para pancadas de chuva de intensidade moderada, pontualmente forte, principalmente na madrugada e manhã do sábado (4) na RMR, Mata Norte e Mata Sul
Já ao longo do dia, a previsão é de tempo parcialmente nublado com pancadas de chuva de forma isolada, com intensidade fraca a moderada na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Zona da Mata.
Embora a previsão seja de fraca a moderada, a maré pode contribuir com os transtornos durante o dia. À noite, mais precisamente às 18h24, haverá uma nova maré alta e o volume deve alcançar 1,9 metros.
No domingo (5), existe a possibilidade de pancadas de chuva na madrugada e primeiras horas da manhã, porém com intensidade fraca a moderada.
"Essas chuvas são comuns para essa época do ano. Então deve persistir esse tipo de precipitação, principalmente na madrugada e primeiras horas da manhã, até meados de agosto", explicou o meteorologista da Apac Thiago do Vale.
Já o INMET: Instituto Nacional de Meteorologia prevê um tempo nublado (ou com muitas nuvens) com chuva durante todo o sábado. No domingo, as nuvens permanencem, porém com menos chuva.
Na última sexta-feira (3), as fortes chuvas voltaram a causa transtornos na Região Metropolitana do Recife. Vários pontos registaram alagamentos, como a Avenida Agamenon Magalhães.
Auxílio para vítimas
O governador Paulo Câmara (PSB) anunciou o encaminhamento de dois projetos de lei assistenciais para vítimas das chuvas no Estado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O primeiro concederá um único auxílio de R$ 1,5 mil aos desabrigados e desalojados que integram o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O segundo, dará pensão vitalícia de um salário mínimo aos dependentes dos 128 mortos.