DIA DO VOLUNTARIADO

Dia do Voluntariado: as iniciativas de quem vai, por amor, até onde o poder público não chega

Neste domingo, 28 de agosto, Dia do Voluntariado, conheça inciativas e pessoas que fazem do próximo sua prioridade

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 28/08/2022 às 8:00
GUGA MATOS/JC IMAGEM
EMPREENDEDORISMO Silvio Ferreira coordena A Tenda, ação voluntária que auxilia cerca de 250 famílias que vivem na Comunidade Campo do Vila, no bairro do Espinheiro - FOTO: GUGA MATOS/JC IMAGEM
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O microempreendedorismo é o que dá a Silvio Ferreira, de 44 anos, estabilidade financeira - mas é o voluntariado, cujo dia é comemorado neste domingo, 28 de agosto, que dá a ele uma missão de vida. Junto à esposa, a administradora Rosa Ferreira, 60, coordena uma instituição sem fins lucrativos que atende cerca de 250 famílias da comunidade Campo do Vila, no Espinheiro, na Zona Norte do Recife.

Situada na Rua Gomes Pacheco, a Casa da Vila possui serviços como uma mercearia comunitária - onde os moradores podem comprar produtos a preços simbólicos de R$ 1,00 - e aulas de reforço, crochê, violão e artesanato, além de promover serviços de saúde. A meta, agora, é desenvolver o empreendedorismo nos atendidos.

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A Tenda oferece serviços para a Comunidade Campo do Vila, no Espinheiro, no Recife - GUGA MATOS/JC IMAGEM
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A Tenda oferece serviços para a Comunidade Campo do Vila, no Espinheiro, no Recife - GUGA MATOS/JC IMAGEM
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Silvio Ferreira, de 44 anos, coordena A Tenda, ação voluntária que auxilia a Comunidade Campo do Vila, no Espinheiro, no Recife - GUGA MATOS/JC IMAGEM

“A casa é fruto de um trabalho que viemos desenvolvendo desde 2019. Começamos com atividades sazonais nas ruas, embaixo de viadutos, mas percebemos a necessidade de outras ações. Não é fácil, mas a gente dá um jeito. O que nos impulsiona é o amor pelas vidas ”, contou Silvio.

O Dia Nacional do Voluntariado foi instituído em 28 de agosto de 1985, mas foi regulamentado somente na década de 1990 pela Lei nº 9.608. Ela define o voluntário como alguém que "se compromete com um trabalho, ou assume a responsabilidade de uma tarefa, sem ter a obrigação de o fazer".



É essa solidariedade que mata a fome de milhares no Grande Recife, que tem 40% da população sobrevivendo com renda média de R$ 275 per capita - de acordo com o Boletim Desigualdade das Metrópoles, do Observatório das Metrópoles. Foi vendo essa necessidade que a professora Maria Laura Santos Leite, 53, também se tornou uma voluntária.

Junto ao Frei Jerônimo, promove entregas de alimentos para mais de 200 idosas que vivem, em sua maioria, em comunidades pobres de Olinda. Antes da pandemia, o trabalho acontecia semanalmente, mas teve a frequência reduzida para uma vez no mês.

CORTESIA
Entrega de cestas básicas em Olinda - CORTESIA

“A gente está ali para somar. quando vi a necessidade de ajudar e levar outras a ajudar, foi isso que chamou. É muito gratificante. Eu sinto uma paz enorme em poder ajudar as pessoas”, afirmou Laura, que completou: “todo mundo pode ajudar em algo; e que ajude, porque tem muita gente precisando. Se não tem dinheiro, dá um abraço, conversa. É disso que a gente precisa.”



Voluntária há 10 anos, a advogada Vanessa Lima, 32, diz hoje se deparar com um nível de pobreza que nunca havia visto. Por isso, a Novo Jeito, ONG onde coordena projetos, vem promovendo também ações assistenciais, mesmo não sendo o foco da organização. “Todo reforço é válido”, pontua. Hoje, em torno de 100 voluntários fazem mobilizações em diferentes causas, de acordo com a necessidade do momento.

ELLTON BERNARDO/DIVULGAÇÃO
Advogada Vanessa Lima, 32, é voluntária da ONG Novo Jeito há uma década - ELLTON BERNARDO/DIVULGAÇÃO

“Eu nunca tinha sido voluntária dentro de um projeto, os meus atos sempre tinham sido muito espontâneos. Eu seguia a Novo Jeito e fui servir quando abriram ao público”, disse. Desde então, faz mobilizações no Recife levando serviços à população, como atendimentos médico e jurídico, recreação e esportes. “Minha causa se tornou incentivar o engajamento voluntário”, afirmou.

Juntos, os três voluntários são exemplos de pessoas que gastam tempo e recursos em prol de transformar histórias de pessoas muitas sem oportunidades de mudá-las sozinhas. “Precisamos entender que por trás de quem está na rua existe uma história, uma família e um resgate que precisa ser feito. Nossa busca é resgatar vidas e devolvê-la para o seio social”, comentou Silvio.

Como ajudar as iniciativas

Casa da Vila

PIX: 32.096.969/0001-02

Contato: 81 9740-9354 (Silvio Ferreira)

Frei Jerônimo

Contato: 81 98704-4016

ONG Novo Jeito

Site: www.novojeito.com

E-mail: [email protected]

Conta bancária:

CNPJ: 16.843.830/0001-10
Santander (033)
Ag: 4048
CC: 13001110-7

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