PREVISÃO DO TEMPO

CHUVAS EM PERNAMBUCO: Apac faz previsão preocupante para o inverno no Estado

No último ano, chuvas provocaram a morte de 133 pessoas no Estado

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Katarina Moraes

Publicado em 26/01/2023 às 14:35
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A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê que a intensidade das chuvas de 2023 no Estado seja similar à do último ano: que provocou o maior desastre natural do século em Pernambuco, ocasionando 133 mortes.

Segundo o meteorologista Thiago do Vale, a previsão é baseada na combinação dos mesmos dois fenômenos meteorológicos - La Niña e Atlântico Tropical - a mesma que causou a precipitação do último inverno.

“Ainda estamos sob influência do La Niña, que está começando a enfraquecer, e o Atlântico entra em aquecimento entre março e maio. Como ainda temos influência de ambos, há probabilidade de chuvas similares com as do ano passado”, disse.

Até o dia 25 de janeiro, foram registradas chuvas acima da média na Região Metropolitana, na Zona da Mata e no Agreste. No Sertão, segundo o especialista, a precipitação está abaixo da média, salvo alguns pontos isolados.

“Todos os meses estamos acompanhando e fazendo previsões, assim como divulgando informes climáticos sobre as condições dos oceanos e da atmosfera. Caso enviemos algum aviso meteorológico, a população deve seguir as orientações da Defesa Civil”, informou.

Em 2022, a Apac também havia informado, três meses antes, que a precipitação seria intensa no inverno. Mesmo assim, quando a previsão se tornou realidade, no final de maio, os municípios estavam despreparados para recebê-las.

Não havia uma rede de abrigos disponíveis para os milhares de desabrigados e desalojados que tiveram as casas alagadas ou derrubadas por deslizamentos de terra em áreas de risco da Região Metropolitana do Recife.

Tampouco, existiam sistemas de alerta para evacuação além do envio de mensagens de texto para os moradores da cidade. 

Defesa Civil é prioridade, diz governo

Na última segunda-feira (24), a governadora Raquel Lyra (PSDB) se reuniu com prefeitos do Grande Recife para discutir as principais demandas e instituir uma governança metropolitana.

Entre elas, foi pautada a preocupação com a Defesa Civil, pasta que desenvolve ações preventivas com o objetivo de evitar ou minimizar acidentes em situações de calamidades, como “a primeira e a mais urgente” agenda.

São necessárias uma série de medidas para evitar novos desastres no Estado, já que são, antes de tudo, a consequência da má urbanização das cidades.

O dossiê "Uma tragédia anunciada", feito por diversas organizações sociais, apontou soluções necessárias. Entre as propostas, estão o mapeamento das áreas de risco, elaboração de planos de contingenciamento, criação de abrigos permanentes e a ampliação das estruturas de alarme e de atendimento às vítimas.

Raquel Lyra e sua vice, Priscila Krause (Cid), se comprometeram, na campanha de 2022, a instituir medidas a fim de tornar as cidades mais "sustentáveis e resilientes", melhorando o saneamento básico, reduzindo o déficit habitacional e outras promessas que devem ser cobradas nos próximos quatro anos de governo. Confira clicando aqui.

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