O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, reúnem lideranças nesta quinta-feira (12), em São Paulo, para anunciar o apoio a pré-candidatura do ex-governador Márcio França (PSB) à prefeitura da capital paulista.
Apesar de Siqueira reforçar que o objetivo central será a discussão do cenário eleitoral de São Paulo, a Executiva Nacional do PSB se reúne, às 8h30, momentos antes da coletiva programada para ocorrer às 11h, no Hotel Transamérica Executive, no bairro de Itaim Bibi, para mapear os projetos prioritários dentro da conjuntura nacional, principalmente em cidades que podem vir a disputar o segundo turno, a exemplo do Recife.
De Pernambuco, participam do encontro o governador do Estado e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, o presidente estadual Sileno Guedes e o chefe de gabinete Milton Coelho, além dos deputados federais Danilo Cabral e Tadeu Alencar.
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"O Márcio (França) é um membro da direção nacional e uma pessoa da maior importância para o PSB. Vamos fazer a reunião da Executiva Nacional em São Paulo para demonstrar a prioridade do partido à sua candidatura na capital. Vamos aprovar nesta reunião uma resolução que estabeleça as nossas prioridades e alianças para 2020", declarou Carlos Siqueira.
Apoio lá e cá
O apoio do PDT na corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo, poderá ter reflexos decisivos no desenho dos palanques em outras regiões. No Rio de Janeiro, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon, teria planos de lançar sua candidatura, no entanto, o partido deverá apoiar a deputada estadual Marta Rocha do PDT.
No Recife, o imbróglio gira em torno da pré-candidatura do deputado federal Túlio Gadelha, que apresentou algumas condicionantes ao PDT para dar continuidade ao projeto político - uma das exigências expira nesta quarta-feira (12), que seria a comissão provisória na cidade.
Sobre o encontro desta quinta-feira, que também contará com o vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, o deputado federal afirma que participou da construção dessa aliança, em 2019, que também contempla PV e Rede. “Sobre essa aliança com o PSB, ajudei a fazê-la. Nós trabalhamos na articulação, mas o Recife nunca esteve incluído no acordo”, respondeu Gadêlha.
Na próxima terça-feira (17), segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, haverá um novo encontro entre PDT, PSB, PV e Rede, em Brasília, para detalhar como se dará as alianças nas demais cidades do País. No sábado (15), o encontro deverá ocorrer com a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffman.
Na busca pela unidade da esquerda
Nos bastidores tanto dos corredores socialistas, quanto pedetistas, comenta-se que o interesse maior do presidente Carlos Lupi, conforme já citado na coluna Cena Política, é de que o PDT seja agraciado com a vaga de vice na chapa majoritária do deputado federal João Campos. A permanência da Frente Popular traz frutos em outras cidades estratégicas, como Caruaru, onde o PSB estaria apoiando a candidatura do deputado estadual José Queiroz, que já foi prefeito no município. O nome da secretária de Habitação do Recife, Isabella de Roldão (PDT), surge como a mais indicada.
De acordo com alguns socialistas, o partido tem trabalhado para manter a esquerda unida contra os projetos alinhados com o governo do presidente Jair Bolsonaro. Neste caso, o PDT teria mais vantagem do que o MDB, que também estaria almejando compor a vice de João Campos, com o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti.
Na leitura de alguns socialistas, o MDB não teria posicionamentos homogêneos em todas todas as regiões. O que inviabilizaria a política estratégica da reciprocidade adotada pelo PSB, já que nestas eleições o debate será inevitavelmente nacionalizado.
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Em Pernambuco, apesar de o ex-governador Raul Henry e o senador Jarbas Vasconcelos se manterem na Frente Popular, o senador Fernando Bezerra Coelho defende a ruptura com os socialistas e o lançamento de uma candidatura própria no Recife. Outro ponto levado em consideração, é o fato de Fernando Bezerra ser líder do governo Bolsonaro no Senado, o que poderia gerar um tensionamento no campo da esquerda, do qual se deseja unidade.
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