Bolsonaro afirma que seu segundo teste para coronavírus deu negativo

Até o momento, 15 pessoas que estavam na comitiva brasileira aos Estados Unidos foram diagnosticadas com a covid-19
JC
Publicado em 17/03/2020 às 22:29
O presidente divulgou a informação pelo Twitter Foto: CAROLINA ANTUNES/PR


Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro informou, na noite desta terça-feira (17) que testou negativo pela segunda vez para o novo coronavírus (covid-19). Ele já havia feito o primeiro exame na semana passada, também com resultado negativo.

"Informo que meu segundo teste para Covid-19 deu negativo", informou o presidente em uma postagem no Twitter.

Bolsonaro, familiares e auxiliares que o acompanharam em viagem aos Estados Unidos, há pouco mais de uma semana, estão sendo monitorados e examinados. Até o momento, 15 pessoas que estavam na comitiva brasileira aos Estados Unidos foram diagnosticadas com a covid-19.

Bolsonaro compara coronavírus a gravidez: 'vai passar'

Depois de um dia com muitos discursos polêmicos, o presidente  foi às redes sociais e suavizou o seu tom quando se referiu à pandemia do novo coronavírus. No Twitter, o líder brasileiro incentivou o país a lutar contra a covid-19, dizendo que os brasileiros são "acostumados a superar as adversidades". Mas, para quem pensava que o presidente teria mudado o seu ponto de vista e, realmente, convocado o seu país para a luta preventiva ao novo coronavírus, se enganou, isto porque ele voltou atrás e disparou novas críticas. Bolsonaro, ao chegar no Palácio da Alvorada, em Brasília, no fim da tarde desta terça-feira (17), comparou o coronavírus com a gravidez e disse que a Itália estava parecendo com o bairro de Copacabana.

Casos de coronavírus no Brasil

Após registrar a primeira morte pelo novo coronavírus nesta terça-feira (17), a atualização do Ministério da Saúde registrou 291 casos, contra 234 identificados nessa segunda-feira 916). A maior diferença se deu nos casos suspeitos, que pularam de 2.064 para 8.819, quase quatro vezes. São Paulo segue liderando, com 164 casos.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou a primeira morte por Covid-19 em São Paulo. "Em quase 300 casos tivemos primeiro óbito. Não podemos falar isso porque podemos ter seis óbitos amanhã. Não temos condição de falar a letalidade. Brasil é um país jovem, vamos ver como isso funciona", declarou.

Em relação aos casos suspeitos, São Paulo possui 5.047, seguido por Rio de Janeiro (859), Minas Gerais (563), Bahia (354), Rio Grande do Sul (300) e Distrito Federal (253). A região com menor número de suspeitas continua a sendo a Norte (96), enquanto a com mais pessoas em investigação é a Sudeste (6.538). Os casos descartados somam 1.899.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Veja o mapa que mostra como o novo coronavírus tem se espalhado pelo mundo

OMS declara pandemia de novo coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na última quarta-feira (11) que a epidemia de Covid-19, que infectou mais de 110.000 pessoas em todo mundo desde o final de dezembro, pode ser considerada uma "pandemia", mas que pode ser "controlada".

"Estamos profundamente preocupados com os níveis alarmantes de propagação e de gravidade, bem como com os níveis alarmantes de inação" no mundo, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva em Genebra.

"Consideramos, então, que a Covid-19 pode ser caracterizada como uma pandemia", afirmou.

 

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