Com informações do UOL
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou, na noite desta quarta-feira (18), a criação de um comitê nacional de enfrentamento ao novo coronavírus. O líder brasileiro fez o anúncio junto com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, em uma coletiva de imprensa, que reuniu, além de Toffoli, as demais autoridades: Augusto Aras (Procurador-geral da República), ministro José Múcio (Presidente do Tribunal de Contas da União), André Mendonça (Advogado-geral da União), Jorge Oliveira (Ministro de Estado) e o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não pôde estar presente, pois estava conduzindo duas votações importantes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não compareceu porque teve seu exame positivado para o novo coronavírus.
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Antes de autorizar a criação do comitê, Bolsonaro explicou a função que vai ter a equipe e revelou que o comitê servirá para unir mais os três Poderes. “O comitê terá como função promover a interlocução institucional entre órgãos da justiça e de controle no âmbito federal para prevenir ou solucionar litígios relacionados ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus", explicou.
"A importância é evitar litígios, preveni-los e solucioná-los de maneira rápida, porque todos nós temos a real dimensão de que a dramaticidade do momento em que vivemos levará a uma alta litigiosidade", completou.
Dias Toffoli disse que o sistema de justiça brasileiro não vai parar por causa do novo coronavírus e que o sistema deve estar em pleno funcionamento para ofertar todo o amparo que for necessário. "Nesse momento delicado, de fragilidade humana, o sistema de justiça deve estar em funcionando para oferecer o amparo necessário”.
Ainda, de acordo com Toffoli, os Poderes estão em constante diálogo e atuando unidos em medidas de prevenção e defesa ao novo coronavírus. O presidente do STF ainda elogiou a imprensa, destacando que ela teve uma “atuação impecável” para auxiliar a população com as informações necessárias à prevenção da covid-19.
Ao encerrar a reunião, Jair Bolsonaro explicou que encontros como o desta quarta vão se repetir. "Essa reunião se fará repetir por mais vezes, não só enquanto perdurar esse problema, bem como por muito tempo. A nossa união, o nosso entendimento, é que dará o ritmo e o norte que nosso Brasil precisa”, concluiu.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na última quarta-feira (11) que a epidemia de Covid-19, que infectou mais de 110.000 pessoas em todo mundo desde o final de dezembro, pode ser considerada uma "pandemia", mas que pode ser "controlada".
"Estamos profundamente preocupados com os níveis alarmantes de propagação e de gravidade, bem como com os níveis alarmantes de inação" no mundo, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva em Genebra.
"Consideramos, então, que a Covid-19 pode ser caracterizada como uma pandemia", afirmou.